24.06
2012

Os Museus de Amsterdam: os clássicos e os típicos!

Amsterdam! Tá ai uma coisa que eu jamais achei que um dia fosse dizer: Adorei essa cidade! Gostei tanto, que nos dois anos que passei em Edimburgo fui 3 vezes pra lá. Ao contrário do que todo mundo pensa (e isso me inclui) a cidade não vive só de Coffee Shops e do Red Light District, Amsterdam tem muito mais a oferecer.

Pra falar bem a verdade, Amsterdam e a Holanda em geral, nunca foram nosso alvo principal quando falávamos em viajar pra Europa, sempre apareciam muitos outros países na frente. A ideia de Amsterdam apareceu quando no inicio de setembro de 2010, estava marcado um show de Andre Rieu na cidade. Depois da nossa viagem a Dinamarca, eu voltei pra Escócia pq iria começar o meu intercâmbio, mas meus pais e meu irmão estiveram lá. Falaram tããão bem do lugar, que eu nem pensei meia vez, quando achei uma passagem com precinho imperdível na Easyjet, comprei na hora! 

Nessa primeira viagem à Amsterdam, foram apenas 2 dias, e eu dei prioridade de ficar somente lá. Enquanto eu estava organizando a viagem, me surpreendi com o tanto de museus legais que existiam, e assim decidi que o primeiro dia iria ser inteiramente dedicado a eles.

Bom, 0 hotel em que me hospedei tinha uma localização perfeita, ficava a 3 quadras da Museumplein, mais conhecida como a Praça dos Museus. A maioria das pessoas ficam com cara de paisagem quando falamos esse nome, mas aposto que todo mundo conhece essa praça, afinal, ali está um dos principais cartões postais da cidade: o IAMsterdam! Falei, não tem quem não conheça essa ‘pracinha’.

Como já dá pra imaginar, rodeando a tal praça ficam alguns dos principais museus da cidade (definido no titulo do post como ‘os clássicos’), como: o Rijksmuseum, Museu Van Gogh e o Museu do Diamante. Na praça também acontecem alguns eventos, concertos de música, manifestações ou apenas caminhar, fazer exercícios ou simplesmente ver a vida (e o mundo) passar.

O primeiro museu que eu visitei foi o Rijksmuseum (Museu Nacional da Holanda). Eu tinha reservado 2 horas pra vistar o museu, mas ao contrário do que eu imaginava, a visita foi bem mais rápida. Boa parte do museu está passando por uma reforma (que só vai terminar em 2013), então o que está em exibição é um ‘resumo’ do museu, ou seja, pude ver todas as obras principais, mas não tive que ficar horas e mais horas caminhando por ali.

A arquitetura externa do prédio é lindíssima, parece um palácio…

Comprei meu ingresso pela internet, e ao chegar no museu tive que trocar o voucher pelo ingresso. Como eu cheguei cedo, não tinha quase ninguém por ali, então foi tudo bem rapidinho. Uma coisa que achei legal é que, quando compramos o ticket, não é necessário pre-definir a data da visita, o bilhete é valido a partir do dia da compra até o dia 31 de dezembro. Em compensação, como nem tudo poderia ser perfeito, é proibido bater foto em qualquer parte do museu, então, não tenho nenhuma foto mostrar.

O maior museu do país não deixa barato, a coleção tem obras de vários pintores consagrados, mas foca principalmente nos pintores holandeses que fizeram parte da ‘Era de Ouro’, como por exemplo, A Ronda Noturna (The Night Watch) e A Noiva Judia (The Jewish Bride)  de Rembrandt, a Leiteira (Milkmaid) de Vermeer, entre outros. Além disso, podemos ver outras peças, como esculturas, artefatos arqueológicos, peças em porcelana, uma parte dedicada as obras de arte asiática, fotografias e tem até uma casa de boneca.

Atravessando a rua, já vemos o Museu do Diamante. Eu não visitei, mas meus pais e meu irmão foram e acharam bem interessante. Estão em exibição um pouco da história, dos tipos de lapidações, vários exemplos de diamantes, e algumas jóias feitas com diamante, é claro.

Seguindo o passeio, fui parar no Museu Van Gogh e com toda certeza deve ser incluído em um roteiro a Amsterdam, é quase que obrigatório.

Eu comprei meu ticket pela internet, e olha, foi a melhor coisa que eu fiz. Quando dobrei a esquina e vi o tamanho da fila, quase cai dura. Com o meu voucher na mão, apenas apresentei num guichezinho na entrada do museu e o acesso foi rapidinho.

Logo na entrada fica a lojinha de souvernis e um café. Antes de ‘entrar’ de fato no museu, ainda temos que passar por uma barreira de segurança, tipo os controles de segurança em aeroporto. Tive que tirar meu casaco, a bota e a bolsa.

O único lugar que podemos bater foto é logo no hall, após passar pela segurança e antes de subir as escadas, já pode guardar a máquina fotográfica, pq pelo museu todo tem muitos e muitos fiscais.

Pra começar, tem auditório no museu, que exibe um pequeno filme, acho que tem duração de uns 15 ou 20 minutos, não mais que isso, que conta um pouquinho da história de Van Gogh.

Vincent Van Gogh, apesar de ter tido uma vida difícil, com muitos fracassos alternados com  períodos de depressão, ele faleceu e não conseguiu alcançar o sucesso. Ironia do destino, hoje em dia, ele é um dos pintores mais conhecidos em todo o planeta!

Van Gogh nasceu em uma cidadezinha no interior da Holanda, mas também morou em Paris, em Arles, Saint-Remy e Auvers-sur-Ouse (onde está enterrado). Cada uma dessas cidades trouxeram uma inspiração a ele, umas fases foram mais alegres, já outras foram mais sombrias.

Como ja da pra imaginar, a maior coleção de obras de Vincent Van Gogh está ali. São mais de 200 pinturas e muitos desenhos do pintor. O museu, apesar de estar lotado, é bem interessante. Como o museu está organizado por períodos, antes de olhar as obras, li todos os painéis das cinco (ou seriam 6?) alas do museu. Eles dão uma boa ideia do que se passou naquele determinado período do trabalho de van Gogh, além de falar um pouco de como estava a vida pessoal do artista naquele período e a cidade onde ele estava morando.

Sem duvida a parte mais entulhada de gente é a ala onde está o quadro ‘Os Girassóis’ (Sunflowers), A Casa Amarela (The Yellow House) e a obra O Quarto (The Bedroom), que ele pintou enquanto estava morando em Arles. Mas podemos ver muitas outras obras famosas, como ‘Os comedores de batata’ (The Potato Eaters), As Amendoeiras em Flor (Almond Blossoms), e ainda alguns auto-retratos do pintor. Adorei ver tudo isso bem de pertinho!

So uma observação, quando eu estava na ultima parte do museu, justamente sobre a parte de Anvers-sur-Ouse, recebi uma mensagem no celular, e como não tava vendo nenhum tiozinho fiscalizando, tentei bater uma foto (hahahaha) e em questão de segundos, um tiozinho apareceu do nada, mandando eu guardar o celular e não bater foto, pq era proibido. Logicamente, me fiz de boba, e disse que não sabia. Então, pra evitar o micão, é bom não fazer como eu, e respeitar!

Além das obras de Van Gogh, ainda estão em exibição obras de outros artistas, todos amigos do pintor, como por exemplo Paul Gaugin (que eu adooooooro!).

Com os dois principais museus visitados, fui almoçar rapidinho e aproveitei para dar uma caminhadinha pela Museumplein. Ali fica uma das mais respeitadas casas de concertos do país, a Concertgebouw…

Eu passei a tarde no Heineken Experience, que será tema para outro post. E no final do dia, ainda fui passear pelas lojinhas de souvenirs que ficam nas redondezas da Damrak…

E pra terminar o dia, chegou a hora de conhecer os museus ‘típicos’de Amsterdam. Então lá fui eu visitar o Museu da Vodka, o Museu do Sexo e o Museu da Maconha. Cooooragem! Coraaaagem!

O Museu da Vodka era o mais light de todos. Ele está localizado na Damrak, bem próximo ao Museu do Sexo, então, dá pra aproveitar e visitar os dois numa tracada só.

Logo na entrada do museu tem uma lojinha de souvenirs e subindo as escadas, no primeiro andar, fica uma mini-lojinha que vendem vodkas de varias partes do mundo, além de outras coisinhas mais.

O museu em si é pequeno, mas pra quem gosta da bebida (eu!!!), vale a pena ver as inúmeras garrafas e objetos que fazem parte da coleção. Além do que, ainda aprendemos um pouco sobre a bebida, como ela surgiu, os processos de destilação, entre outros. Mas o paredão da Vodka é a principal atração do museu, sao varias prateleiras com exibições de vodka de todas as partes do mundo.

O ingresso da pra comprar pela internet, diretamente no site, mas tbm dá pra deixar pra comprar la na hora, pq além do valor ser bem baixo, coisa de 3,00 ou 4,00 euros, não tinha fila, pelo menos não tinha no horário que eu fui.

Minha próxima parada foi o Museu do Sexo. hahaahahah Fiquei uns 10 minutos pensando, será que vou, será que não vou?!?! E olha, foi o museu mais divertido de todos os tempos. Comprei meu ingresso lá na hora. Tinha uma fila pequena, não demorou muito.

O ingresso é comportadinho!

São fotos, bonecos de cera, vários objetos relacionados ao tema, e tem até um mini-red light district lá! A parte divertida do museu, fica por conta, dos sustos que levamos ao andar pelos corredores. A cada pouco tem um boneco de cera, vestido, comportadinho, de repente, as surpresas aparecem! hahaahahahah Só de lembrar, não consigo para de rir de uma mulher que levou o maior susto de todos os tempos e igualmente fez o maior fiascão de todos os tempos.

Tem uma parte que mostra através de fotos um pouco do lado sadomasoquista da coisa, nossa, fiquei impressionada com algumas coisas que vi lá. Bom, quando eu tava saindo, 2 franceses vieram falar comigo, pedir se valia a visita ou não. O que que eu iria dizer? Respondi, olha, no minimo é engraçado, vale a visita sim! Maiores detalhes, sinto muito, mas não vou ficar descrevendo tudo que vi, o negócio é ir lá e ver com os próprios olhos.

E pra terminar (ufa!) a maratona de museus, ainda fui no Museu da Maconha. Como já tava quase fechando, tive que visitar rapidinho (sem fotos pra contar a história). O museu, assim como o da vodka, conta um pouco da história do produto, além de ter em exibição uma ampla coleção de fotos, cartazes, objetos relacionados ao tema, produtos como roupas feitos de maconha e ainda, tem até uma mini-plantação da erva la dentro do museu.

E já que eu tava ali pertinho, aproveitei pra dar uma rápida olhadinha no famoso Red Light District, mas não achei nada demais não. E pra quem estiver meio apreensivo, a região é bem tranquila, tava cheio de pessoas, famílias inteiras, mas a grande maioria, é claro, eram rapazes em grupo fazendo a festa.

Uma coisa que li em diversos lugares que era pra evitar bater fotos por lá. Por isso, só bati essa foto que finaliza o post, foi uma foto mais geral. Nem tentei bater fotos da vitrines onde as moças ficam em exposição, pois dizem que além delas não gostarem é “proibido”. Na duvida, preferi não arriscar. Vai que alguém resolvesse armar uma confusão?!?!

Ainda ficou faltando eu visitar o Museu-Casa de Anne Frank, Museu das Tulipas, Museu-Casa de Rembradt… Então, o que não faltam são boas opções de museus para visitar em Amsterdam!

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Bruna Bartolamei
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6 comentários em "Os Museus de Amsterdam: os clássicos e os típicos!"
  1. Neusa   01/08/14 • 17h45

    Amsterdã é belíssima, e são muito ilustrativos os post sobre, convidativos para uma viagem imediata, nos planos para um futuro.

    • Contando as Horas   02/08/14 • 02h18

      Oi, Neusa

      Verdade, Amsterdam é espetacular. Eu gostei muito de lá, no tempo que tava na Escócia fui três vezes e mesmo assim, ainda quero voltar um dia!

  2. Leila Rocha   25/12/14 • 21h32

    Gostei bastante do seu roteiro. Irei no começo de março de 2015 para Amsterdã. Gostaria de saber se sabe se os museus aceitam aquele cartão Confidence para o pagamento do ticket.
    Ah, será que valeria a pena alugar uma bicicleta para fazer a rota de museus?
    Muito obrigada!

    • Contando as Horas   01/01/15 • 22h16

      Oi, Leila

      Não sei te informar sobre esse cartão Confidence. O ideal é vc já comprar os tickets pela internet ainda enquanto estiver aqui no Brasil pra evitar filas, especialmente no Museu Nacional e no Museu do Van Gogh.

      Olha, em Amsterdam as bicicletas estão em todas as partes. A cidade é muito bem sinalizada, tem faixas especiais pra isso, além é claro, todos os lugares tem onde deixar a bicicleta. Acho que pode ser uma boa idéia sim e muito original (pra entrar no clima da cidade!).

      Obrigada pela visita aqui no blog! Feliz 2015 pra vc!

  3. Vania rebelato   14/05/17 • 23h37

    Adorei seu roteiro! Vou essa semana!
    Vc acha q se eu chegar as 9:00 no museu nacional e comprar o Van gogh para as 11:00 da tempo?

    Obrigada!

    • Contando as Horas   15/05/17 • 22h48

      Oi, Vania

      Quando fui, o museu nacional estava com o espaço reduzido, o museu estava passando por reforma. Entao, o acervo era reduzido. Mas agora ele ja reabriu por completo, acho melhor vc colocar pelo menos mais uma hora ai. Mas claro, isso depende muito do que vc quer ver lá.

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