25.08
2014

Shows em Paris: Moulin Rouge, Lido, Ópera Garnier e Ópera Bastille

por Raul Bartolamei

Assim como qualquer outra grande cidade europeia, Paris oferece centenas de shows e espetáculos todas as noites. Quando eu tava montando o roteiro da minha viagem, dei preferência para assistir alguns shows nas casas de espetáculos mais famosas da cidade: Moulin Rouge, Ópera Garnier, Lido e Ópera Bastille.

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Moulin RougeDispensa qualquer apresentação, certo? Quem não reconhece a foto do famoso moinho vermelho, né? Essa é a casa de show de cabaré mas famosa da cidade. É um dos melhores lugar pra ver o estilo de dança francês, o can-can. Todas as noites são realizadas duas apresentações, uma as 21:00 e a outra as 23:00. Os tipos de ingressos oferecidos são: show + jantar, show + garrafa de champagne, somente o show. Na hora de comprar o ticket pelo site, essas são as duas únicas coisas que precisamos escolher. As mesas são escolhidas por eles mesmo. A gente só fica sabendo onde vai sentar no dia do show. Nós optamos pelo show das 21:00, na configuração show + bebidas.

O show Féerie, apresentado todas as noites, foi criado por Doris Haug e Ruggero Angeletti, e está em cartaz a quase 15 anos. O show é todo temático e os cenários são diversos lugares famosos ao redor do mundo. As dançarinas e dançarinos mandam muito bem, principalmente na apresentação de can-can que acontece no final do show. O show é legal, mas esteve longe de ser o meu preferido.

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A única coisa que deixou a desejar, na minha opinião, foi o atendimento dos garçons, eles não davam conta de todas as mesas. Pra conseguir fazer um pedido a gente leva horas e as coisas eram entregues com muita demora também.

Quem não se atreve a andar de metro a noite em cidades grandes ou depende de táxi, o Moulin Rouge fica bem longe do centro de Paris, no bairro de Montmartre. Então também é interessante levar em consideração o tempo de deslocamento até lá. Nós fomos de metro e apesar de cheio, foi bem tranquilo. A estação de metro mais próxima é a Blanche, linha M2 azul.

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Dicas: Eu recomendo comprar os ingressos logo que a viagem já estiver definida. O Moulin Rouge é muito popular entre turistas do mundo inteiro, então os tickets esgotam muito rápido. É legal chegar com pelo menos uns 45 minutos de antecedência, pq há filas enormes pra entrar. É proibido filmar e fotografar o show, então todas as pessoas são obrigadas a deixar suas câmeras fotográficas no guarda-volumes na recepção. Os tickets podem ser comprados diretamente no site ou ainda, no site da Fnac.

** Quem quiser ler um post com mais detalhes sobre o dia que minha irmã foi assistir esse mesmo show no Moulin Rouge, é só clicar aqui. **

Lido – Junto com o Moulin Rouge e o Crazy Horse, esse é um dos cabaré mais famosos de Paris e tem uma localização espetacular, fica em plena Champs Elysée. O local é mais diferenciado, com uma decoração mais luxuosa que o Moulin Rouge e o show é mais refinado.

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O show apresentado é o Bonheur, que mais parece um mix de Cirque du Soleil (com muito equilibrismo e malabarismo) junto com danças de can-can. É um show mais bem produzido, padrão Hollywood.

Todas as noites são realizadas três apresentações, sempre as 19:00, 21:00 e 23:00, sendo que as 19:00 e as 23:00 é janta + show e nos horários das 21:00 e 23:00 são apresentados apenas os shows. Então, pra quem optar pelas 23:00 horas, esse é o único horário que oferece os dois tipos de apresentação: janta ou janta + show. A média de preço é um pouco mais elevada do que o Moulin Rouge, ficando entre 80,00 euros e 160,00 euros. Nos optamos por pegar somente o show.

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Ao contrário do Moulin Rouge, o atendimento foi nota 10, era fácil de chamar os garçons e os pedidos eram servidos rapidamente. Outra coisa que eu destaco é que o espaço entre as mesas era legal, pois no Moulin Rouge era tudo muito apertado. Quem tiver a sorte ou o azar de sentar em frente ao palco, pode ser chamado a participar de alguma coisa, sempre coisas legais e divertidas.

Para chegar lá é bem simples e dá pra ir de transporte público. Nós fomos de metro e bem em frente tem a estação George V, linha M1 amarela.

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Dicas: Esse show apesar de famoso, não é tão disputado como o Moulin Rouge. Claro que é interessante comprar os ingressos o quanto antes, pq dependendo do horário as opções se esgotam mais rápido. É sempre bom chegar com um pouco de antecedência, pq como o cabaré é grande, sempre vai ter muita gente entrando ao mesmo tempo. Nós chegamos com uns 45 minutos de antecedência e não pegamos fila.

Ópera Garnier – É considerada uma das casas de ópera mais famosa do mundo, projetada por Charles Garnier (dai que vem o nome) a mando de Napoleão III como parte de um a grande reforma urbana de Paris. O Garnier também foi a casa de ópera que inspirou o musical Fantasma da Ópera. Diz a lenda que embaixo do teatro tem um lago, onde o fantasma vive. Quem já viu o fantasma da ópera vai lembrar das cenas em que o fantasma sempre aparece remando um barco. Tá ai a relação.

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Napoleão III não economizou quando pediu que o projeto fosse muito luxuoso. Tanto a arquitetura externa como a interna são fantásticas, a gente não consegue parar de bater foto. É tudo muito bonito mesmo. Essa casa de ópera está sempre no programa tanto de locais como de turistas, tornando a compra de um ingresso bastante disputada.

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Nos dias que iríamos estar em Paris, haviam algumas apresentações em cartaz, mas nos optamos por ver o ballet La Fille Mal Gardée. Fizemos uma ótima escolha, pois o ballet era bem animado, o cenário digno de uma super produção, os dançarinos usavam roupas bem coloridas e foi um espetáculo muito bonito.

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Todos os anos são apresentados diversos tipos de espetáculos como concertos, óperas, ballet, entre outros. Claro que os show nem sempre são os mesmos, mas algumas apresentações sempre voltam com bastante frequência por serem muito famosas. Os nossos ingressos nos compramos no site do teatro, o Ópera de Paris. Quem não conseguir ingresso pra assistir alguma apresentação, é possível fazer um tour pra conhecer a sua história e a sua decoração interior.

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Para ir até lá é muito fácil, dá pra ir de metro. A estação de metro Opera fica literalmente em frente ao lugar, é só atravessar a rua. As linhas que levam até lá são: M3 dourada, M7 rosinha e a M8 roxa. Quem quiser ir caminhando, também é possível, por exemplo, o Garnier fica a apenas 20 minutos do Museu do Louvre.

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Dicas: Por ser uma das casas de espetáculos mais famosas do mundo, é importantíssimo comprar o ingresso o quanto antes, pois os melhores lugares esgotam muito rápido. No dia que fomos assistir a apresentação de ballet, optamos por pegar um camarote com seis lugares para nós quatro no segundo andar, de frente para o palco. A vista era excelente para todos e as cadeiras eram bem confortáveis também, a nossa escolha não poderia ter sido melhor. Como todos os lugares são marcados e a entrada é feita por diversas portas, o que ajuda muito a evitar filas. Na entrada do camarote, recebemos um livro sobre o espetáculo que iriamos assistir, com todas as informações necessárias para entender a apresentação, com fotos e informações sobre os artistas.

Ópera Bastille – Junto com a Ópera Garnier, essa é uma das mais importantes casas de ópera de Paris. Foi inaugurada não faz muito tempo, ainda no final da década de 80 e por isso tem uma arquitetura externa bem moderna. A arquitetura interior também chama muito atenção, pois além de ser muito moderna pro meu gosto, tinha um ar meio sombrio em cores cinza e preto.

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Entre as opções de óperas disponíveis (duas ou três no máximo), nós optamos por ver o Barbeiro de Sevilha. A apresentação em si foi excelente e o cenário e o figurino também são muito bonitos, ambos seguem o mesmo padrão do Lido, algo mais digno de Hollywood.

Ó único ponto que torna a experiência de ver uma ópera na Europa um pouco ruim é o fato de que a ópera é traduzida. Geralmente elas são cantadas em italiano e a tradução que passa na tela logo acima do palco é feita do idioma local, nesse caso, a tradução era para o francês. Apesar de eu estar estudando francês (na época eu ainda tava cursando o 1 ano), foi bem difícil de ter um entendimento do que estava acontecendo.

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Os ingressos foram comprados no mesmo site onde compramos o da Ópera Garnier. Nossos lugares eram na plateia, na coluna de poltronas do meio, bem de frente pro palco. Quem compra ingresso nessa parte, não tem erro, todos os lugares são muito bons. Assim como na Ópera Garnier, quem não conseguir ingresso para assistir alguma apresentação, pode fazer um tour pra conhecer o local.

Para ir até lá, da pra pegar o metro, a estação Bastille fica bem em frente e as linhas que podem ser usadas são: M1 cor amarela, M5 cor laranja e a M8 cor roxa.

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Dicas: A Ópera Bastille é uma casa mais frequentada pelos locais, então, aquela presença em massa de turistas a gente não vê lá. Foi bem tranquilo conseguir ingresso, não precisamos nos preocupar tanto com a compra como foi o caso das apresentações no Moulin Rouge ou na Ópera Garnier. No dia dos nossos ingressos, chegamos com uns 30 – 40 minutos de antecedência e não pegamos fila pra entrar.

Outras dicas

Uma das maiores preocupações de todas as pessoas que vão assistir um show em qualquer um desses lugares é com relação a roupa. É obrigatório ir com roupa social? Qual é o traje mais indicado? Alguém pode ser barrado por não estar com a roupa certa?

Olha, a nossa experiência foi a seguinte: em todos os lugares nos fomos com roupas que comumente usamos no dia-a-dia, como calça jeans, camiseta polo e jaqueta. Já os sapatos, eu fui de tênis (um mais discreto, todo preto) e minha namorada foi vestida de calça jeans, porém com uma blusa e cachecol mais pra noite, com um pouco de brilho.

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Mas claro que existe gente usando roupas de todos os tipos, há quem vá de roupa de gala ou terno e gravata e vestido de festa, assim como tem pessoas que só vão de camisa social, mas de calça jeans. O ideal é ir com roupas mais básicas, apenas colocando uma camisa social ou polo e para as mulheres, alguma blusa mais arrumada. Não é necessário muita frescura, as roupas podem ser as mesmas que a gente usaria para ir jantar fora em algum restaurante legalzinho aqui no Brasil.

Claro que não são permitidos pessoas de bermuda, regata e chinelo, então nesse caso, prevalece o bom senso.

Raul Bartolamei
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12 comentários em "Shows em Paris: Moulin Rouge, Lido, Ópera Garnier e Ópera Bastille"
  1. Fernanda   11/04/15 • 13h18

    Adorei as dicas!! Vai ajudar muito a programar muita viagem :)

  2. Inez   07/09/15 • 02h20

    bem informativo . Porém onde eu encontro um programa de óperas para o ano de 2015?

  3. Inez   07/09/15 • 02h21

    bem informativo . Porém onde eu encontro um programa de óperas para o ano de 2015? Esta é a primeira vez que estou neste site.

  4. Isabella   13/09/15 • 09h53

    Oi! Com relação as roupas…as suas dicas tb vale pro Moulin Rouge? Pq em varios lugares que li dizia que não aceitavam Jeans… Minha preocupação é essa com meu marido… Pq não quer entupir a mala com roupa social que só vai usar uma vez… Da pra ir com Jeans e uma camisa polo? Se pider Jeans, esse Jeans tem que ser mais escuro? Não seremos barrados mesmo?? Rs
    Obrigada

    • Contando as Horas   13/09/15 • 22h27

      Oi, Isabella

      Sim, também valem para o Moulin Rouge. Aceitam sim, eu fui de calça jeans, meu irmão e namorada tbm foram.

      Sim, homens podem ir de calça jeans e camisa polo. Pode ir tranquila, é melhor vcs irem mais simples, pq quase ninguém vai todo emperiquitado. Não se preocupe com isso!

  5. Monica   21/06/17 • 12h37

    Olá! Adorei os posts q li no site! Parabéns! Queria uma ajuda para escolha de lugares na Opera Garnier. Vou assistir um Ballet! Qual o melhor lugar? E considerando justamente q é um ballet, melhor ficar mais na frente, mais atrás…

    • Contando as Horas   22/06/17 • 21h16

      Oi, Monica

      Obrigada!! :D

      Segundo minha mãe, melhor nos stalls, na metade. Na frente ou no fundo pode ser ruim.

  6. Ivo Luiz   26/05/18 • 10h17

    Olá,

    Gostei das dicas. Vou aproveitar para a minha viagem.
    Muito agradecido.

  7. Luigi   01/11/18 • 16h35

    Li o texto inteiro porque estava interessado nessa questão do dress code do Moulin Rouge. Só agora no final vi quem tinha escrito! hehehe
    Abraços! :)

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