04.01
2015

Argentina: Informações práticas

A primeira vez que estive na Argentina foi em 1994, em uma viagem em que foi toda a família. Além de Buenos Aires, também fomos até Bariloche. A segunda vez eu fui quando terminei meu curso de Espanhol, onde a turma toda do curso ficou uma semana somente em Buenos Aires. E por fim, a terceira vez foi em 2007, onde ficamos apenas 3 dias antes de seguir viagem pra Santiago do Chile.

A Argentina é o segundo maior país da América do Sul e faz fronteira somente com os estados aqui na região sul, o que pra nós, se torna uma mão na roda visitar nossos hermanos.

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Nesse post vou colocar algumas informações mais práticas, que com certeza vão ajudar muitas pessoas. Então, aqui vai:

♦♦ Documentos

Brasileiros podem viajar para Argentina usando apenas dois documentos: passaporte e a carteira de identidade. Qual é a melhor opção? Eu já usei as duas opções pra entrar na Argentina e não tive nenhum problema. Mas na minha opinião, hoje em dia, toda a vez que saio do Brasil, eu dou preferencia pra levar o passaporte. Motivo? O passaporte tem prazo de validade, que atualmente é de 10 anos, com isso nossos dados e fotos sempre vão ser recentes, o que evita incomodos. 

Outro motivo legal pra levar o passaporte é que, ao menos em Ushuaia, a gente pode pegar um carimbo de que esteve no “fim do mundo” no Centro de Informações Turisticas da cidade e guardar como lembrança.

♦♦ Vistos e vacinas

Nós não precisamos de visto para visitar a Argentina, porém, o tempo máximo de permanencia no país como turista é de 90 dias. Quanto as vacinas, nenhuma é exigida, ainda bem. Então, como deu pra perceber, o sacrificio é zero.

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♦♦ Como ir a Argentina

A melhor opção pra ir até a Argentina é de avião, mas há quem prefira encarar o desafio de ir de carro, ferry (partindo do Uruguai) ou até de ônibus. Como todas as vezes que fui até lá eu utilizei avião, vou me deter somente a essa opção de transporte.

Existem diversas empresas que voam para a Argentina (TAM, Emirates, Qatar, Turkish, entre outras), mas para quem sai aqui do sul do Brasil, as duas únicas cias aéreas com voos direto são: Aerolineas Argentinas e a Gol.

Eu optei por comprar todos os trechos da viagem com a Aerolineas Argentinas, que na verdade, no trecho internancional Porto Alegre – Buenos Aires, foi operado pela Austral (que faz parte do grupo da Aerlineas) tanto na ida quanto na volta. Já nos trechos internos, entre Buenos Aires – Ushuaia e Ushuaia – El Calafate, os voos foram operados pelas Aerolíneas Argentinas.

Eu também aproveitei pra comprar as passagens todas juntas, ou seja, todos os trechos estavam no mesmo “localizador”, o que garante que a franquia da bagagem seja honrada independente de ser voo doméstico ou internacional.

As passagens eu comprei com 3 meses de antecedência e poderia ter pago 1600,00 reais, mas como me enrolei uns dias pra reservar, acabei pagando mais ou menos uns 1900,00 reais todos os trechos (Porto Alegre – Buenos Aires – Ushuaia / Ushuaia – El Calafate / El Calafate – Buenos Aires – Porto Alegre).

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♦♦ Chegando em Buenos Aires – Aeroporto Aeroparque Jorge Newbery

Buenos Aires conta com dois aeroportos: Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, também chamado de Ezeiza (IATA: EZE) que fica a 37 km do centro da cidade e é usando para voos internacionais e o Aeroparque Jorge Newbery (IATA: AEP), que fica a 2 km do centro da cidade e é usado principalmente para voos domésticos e para voos internacionais de curta duranção entre Argentina e países vizinhos.

No nosso caso, nas duas vezes que fizemos conexão em Buenos Aires os nossos voos chegaram e partiram do Aeropaque. Essa foi a primeira vez que eu estive nesse aeroporto e gostei bastante. Apesar de ser um aeroporto relativamente pequeno, ele é super moderno e bem bonitinho.

Mesmo sendo um aeroporto pequeno, no trecho de ida (Buenos Aires – Ushuaia) o Free Shop não era tããão grande, mas em compensação, tinha um Hard Rock Cafe (imagino que seja o primeiro em aeroporto, pq eu nunca tinha visto até então). Já o Free Shop do trecho de volta (El Calafate – Buenos Aires) eu achei melhor, ele não é maior que o do trecho de ida, mas nem sei pq, gostei mais.

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♦♦ Desembarcando na Argentina: Imigração e Alfandega

O nosso voo era Porto Alegre – Ushuaia com uma conexão em Buenos Aires. Ao chegar em Buenos Aires, tivemos que passar na imigração, pois esse foi o primeiro lugar onde desembarcamos na Argentina. A imigração foi suuuuper tranquila. A oficial de imigração apenas pediu quantos dias iriamos ficar lá, quais cidades iriamos visitar e pediu ainda qual era o hotel que iriamos nos hospedar em Ushuaia. Foi só isso.

Além dessas perguntinhas, nós tivemos que deixar nossas digitais e eles tiraram uma foto do nosso rosto.

Após passar a imigração, retiramos as nossas bagagens e precisamos passar pelo controle de alfandega. Nessa hora, foi tudo muito simples, só foi necessario passar a mala, mochila e bolsa num scanner. Pelo que entendi, eles fazem isso pra ver se ninguém está tentando entrar no país levando drogas e alimentos naturais, que são proibidos, claro.

No voo da volta, entre El Calafate – Porto Alegre com conexão em Buenos Aires, como já estavamos na Argentina, não precisamos retirar nossas bagagens em Buenos Aires e nem passar pela alfandega. Nossas malas foram direto e nós saimos da area de embarque e tivemos que ficar aguardando no aeroporto até chegar mais próximo do horario do nosso voo pra poder entrar na área de embarque.

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♦♦ Recebendo o imposto IVA (Imposto ao Valor Adicionado) de volta no aeroporto

Antes de viajar pra Argentina, eu pesquisei essa questão do imposto caso eu resolvesse comprar algo mais caro por lá e quisesse recuperar o valor do imposto. Na Argentina, a porcentagem devolvida é de 16% do valor total do produto adquirido e só pode se soliciado quando o gasto for maior do que 70,00 pesos na nota fiscal.

A única coisa que comprei na Argentina foi um casaco, mas com todo o calor que fazia em Buenos Aires, mesmo dentro do aeroporto, até me desanimei em ir atrás disso, pois o valor que eu receberia de volta seria menos de 20,00 dólares.

♦♦ Seguro viagem

A Argentina não exige que Brasileiros tenham seguro viagem para entrar no país, como acontece em alguns países da Europa. Mas claro que eu sempre procuro fazer um seguro só por garantia. Prefiro “perder” esse dinheiro caso não seja necessário usar, do que gastar uma fortuna pra fazer qualquer coisa em outro país se caso for necessário.

Evidente que ninguém compra um seguro viagem esperando que vá usar, mas é sempre bom garantir e se previnir. Esse é um dinheiro que pode ser encarado com um gasto desnecessário, mas né, ninguém sabe quando alguma coisa pode acontecer.

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♦♦ Idioma

Como todo mundo sabe, o idioma oficial da Argentina é o espanhol. Mas quem souber apenas algumas palavras chaves (palavras turisticamente importantes) consegue se virar bem com o portunhol. Hoje em dia também é fácil encontrar muito brasileiros morando e tralhando por lá, o que garante que em alguns lugares podemos falar somente em português sem ter problemas. Mas claro, quem se virar em inglês nao vai ter nenhum problema também.

♦♦ Diferença de fuso horário

Aqui no sul do Brasil, nós adotamos o horário de verão de outubro até fevereiro, com isso, a diferença de fuso horário entre Brasil e Argentina nesse periodo é de 1 hora, ou seja, 1 hora a menos na Argentina.

♦♦ Tomadas

As tomadas na Argentina são diferentes das que temos aqui no Brasil (seja o modelo antigo, de dois pinos ou esse modelo novo de três pinos). O único lugar que precisei usar adaptador foi no hotel em El Calafate, pois em Ushuaia, no hotel que me hospedei havia tomadas de dois pinos e ainda, para carregar eletronicos através da opção de usb. Então, é bom ficar ligado e não esquecer de levar o adaptador de tomadas, pois ele será muito útil.

Quem quiser ler o post que escrevi sobre esse assunto das tomadas pelo mundo, é só clicar aqui. Pra quem quiser saber qual é o modelo argentino, ele aparece na primeira foto do post sobre as tomadas e é o mesmo usado na Austrália.

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♦♦ Dinheiro: Qual é a melhor moeda para levar a Argentina?

Tá ai um assunto que é uma verdadeira chatice. Como todo mundo sabe, a moeda oficial da Argentina é o peso argentino (AR$), mas devido a crise economica que o país enfrenta e a o fato de o governo dificultar a compra e venda do dolar no país, o dólar se tornou a melhor opção de moeda para levar pra lá.

Nessa viagem, o que eu fiz foi o seguinte: a maior parte do dinheiro que levei era dolar, mas também quis levar um pouco de peso argentino para as primeiras despesas (caso eu quisesse comprar algo pra comer no aeroporto), além do cartão de crédito. Eu achei que foi bom eu ter feito isso.

Mas entre levar pesos, dolares e real daqui do Brasil, qual é a melhor opção? Na minha opinião, o dolar e o real são as melhores opções. Em casas de cambio aqui no Brasil a gente pega a cotação oficial e la na Argentina, na hora de conseguir pesos, tanto o dolar como o real são aceito para pagar contas na maioria dos lugares (restaurantes, lojas e hotel) com uma cotação muito melhor do que a gente consegue aqui no Brasil.

Então por exemplo, a cotação oficial das moedas atualmente está assim:

1,00 dólar = 8,00 pesos

1,00 real = 3,12 pesos

Já no cambio informal (chamado de dólar blue), o câmbio oferecido em lojas, hotéis e restaurantes atualmente está assim (valores de dezembro de 2014):

1,00 dólar = 11,00 pesos (mas em Ushuaia nos conseguimos por 13,00 pesos)

1,00 real = 4,00 pesos.

Então o que acaba acontecendo é o seguinte, ao pagar alguma conta usando dolar ou real, o troco será em peso argentino, sempre. Com isso, a gente consegue juntar pesos para pagar algumas pequenas despesas e a entrada nos parques nacionais. Essa foi a melhor forma que encontramos pra conseguir pesos argentino durante a viagem, já que a quantia que levamos de peso foi pequena, somente para os primeiros gastos em Buenos Aires e Ushuaia.

♦♦ Chip de Celular

Outra coisa que eu pesquisei pra comprar assim que chegasse na Argentina era um chip de celular de alguma operadora local. Pelas minhas pesquisas existem três empresas principais, que são: Movistar, Personal e a Claro. Mas nem sei pq motivo, acabei desistindo de comprar o chip e preferi aproveitar bem o dia e a noite quando voltava ao hotel, aproveitava pra dar uma olhada nas noticias, nas redes sociais (instagram e facebook) e claro, pra postar algumas fotos do que a gente tinha feito em cada dia.

Uma outra coisa que me desanimou um pouco também e que fez eu me desempolgar e não comprar um chip local foi a velocidade da internet, que sério, ao comparar com o que era oferecido por empresas la Reino Unido, parecia até piada.

Pelo que me informei por lá, a operadora de celular preferida é a Movistar (tanto pela qualidade do sinal como pela conexão da internet), vi loja em Ushuaia, já em El Calafate não lembro de ter visto.

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♦♦ Os Argentinos

No geral, eu gosto bastante dos Argentinos, fiz algumas amizades no tempo que ia toooodos os verões pra Floripa. Fico impresionada com a demonstração de patriotismo que eles tem, coisa que não vemos muito aqui no Brasil. Não teve um único lugar que eu tenha ido nessa ultima viagem que eu não tenha visto uma bandeira da Argentina. Apesar dos pesares e da situação caotica da economia do país, da desvalorização do peso e tudo mais, os Argentinos sempre me impresionam com o pratriotismo.

Alguns claro, são super simpaticos e prestativos, mas existem os mau educados e nada simpáticos, mas isso acontece em todos os países. No geral, os Argentinos arriscam um portunhol, mas a gente vê que eles preferem mesmo que todo mundo fale inglês. Mas como ainda somos a maioria a visitar o país, eles tão aprendendo o português.

♦♦ Segurança

Se Buenos Aires anda um caos, o mesmo eu não posso dizer de Ushuaia e de El Calafate. Eu achei as duas cidades super seguras, muito tranquilas e em momento algum passamos algum aperto ou ficamos intimidados. Caminhamos por todos os lugares, incluindo trilhas em geleiras, ruas principais, parques nacionais e nunca, em momento algum, sentimos algum tipo de medo ou insegurança.

Por precaução, procuramos usar os nossos pesos argentinos lá no aeroporto em Buenos Aires, sempre com notas o mais perto possivel do valor final da conta e tambem, resolvemos embalar nossas malas nos trechos que incluiam Buenos Aires, pois a fama que se alastrou é que diversas pessoas tiveram coisas roubadas das malas nos aeroportos, que pra não arriscar a perder alguma coisa, preferimos fazer isso.

Então é isso, agora é só ficar ligado nas promoções de passagens aéreas, arrumar as malas e aproveitar a Argentina!

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Bruna Bartolamei
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8 comentários em "Argentina: Informações práticas"
  1. ALEX DUNDA   08/01/15 • 00h19

    BOA NOITE BRUNA.

    MUITO BOM VOSSO POST.

    ESTOU PENSANDO EM VIAJAR NA LUA DE MEL PARA BUENOS AIRES (3 NOITES) + USHUAIA (04 NOITES) EM 01/04/2015… SERÁ QUE SERIA UM BOM MÊS?

    QUAIS OS VALORES MÉDIOS DE CUSTO DE TÁXI ENTRE AEROPORTO DE BUENOS AIRES X HOTEL NO CENTRO E ENTRE AEROPORTO DE USHUAIA E CENTRO DA CIDADE?

    RELACIONADO A TEMPO E DISTÂNCIA DE CADA UM?

    • Contando as Horas   08/01/15 • 01h33

      Oi, Alex

      Acho que é um bom mês sim, pois não será mais tão quente em Buenos Aires e ainda não será tão frio em Ushuaia. Só se certifica sobre o passeio para ver os pinguins, caso vcs tenham interesse em fazer quando estiverem em Ushuaia, pois a temporada dele por lá é curta.

      Sobre os custos de taxi em Buenos Aires, depende de qual aeroporto vc vai usar pra chegar lá, Ezeiza ou Aeroparque. O Ezeiza fica mais fora da cidade, e consequentemente será muito mais caro que se vc tiver que pegar um taxi a partir do Aeroparque.

      Sobre Ushuaia, a média de valores entre aeroporto e centro da cidade fica em torno de 10,00 dolares.

      Vc pode ver informações praticas sobre Ushuaia, nesse post aqui:
      http://contandoashoras.com/2015/01/06/ushuaia-informacoes-praticas/

      Obrigada pela visita aqui no blog!

  2. Marina Monteiro   22/06/16 • 17h59

    Oi!
    Fui pra Buenos Aires em 2014, quando o dólar estava 2,00.
    Levei reais e 100 dólares, que acabei usando no Duty Free e trocando um pouco por pesos.
    No geral acho que compensa mais levar reais e trocar por pesos, ainda mais com a cotação do dólar atualmente, ainda que tenha dólares “sobrando”.
    Em nenhum momento pagamos com outra moeda que não fosse peso. Troquei um pouco no aeroporto, no Banco de La NACION para poder pegar um taxi. No dia seguinte conhecemos um taxista que também fazia câmbio (na época, 1×4) e nos ensinou a identificar notas falsas, e com ele íamos trocando aos poucos.
    No último dia acabou sobrando um valor baixo, mas entramos numa daquelas “25 horas” e compramos muitas “Vauquitas”.
    Por fim, voltei para o Brasil com 0.25 pesos e 0 reais.

    • Contando as Horas   27/06/16 • 01h03

      Oi, Marina

      Obrigada pelo relato. Agora, depois das eleições, acho que a Argentina vive outro momento. Certamente eles não estão mais desesperados por dólares. Não pesquisei mais sobre qual é a melhor opção de moeda pra levar (real ou dólar), mas acho que vale a pena ter os dois. Os argentinos aceitam bem as duas moedas, e qual tiver o cambio mais vantajoso é a melhor opção.

  3. Lisiane Mello   01/07/16 • 19h59

    Boa noite, meu marido e eu viajaremos para Buenos Aires, El Calafate e Ushuaia em agosto. Estou na dúvida a respeito do seguro viagem, valores das coberturas. Será que poderia me dar umas dicas? Obrigada

  4. Fabianne Merçon Oliveira Costa   23/08/16 • 11h15

    Só quero dizer que amei seu blog!!

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