Os países nórdicos nunca foram muito populares entre os brasileiros, alguns acham que o motivo é o frio e neve, outro dizem que os valores dificilmente cabem no orçamento e tem até os que dizem que por lá não existe nada de interessante pra ver. Eu concordo somente com o fato de todos os países serem extremamente caros, isso realmente não dá pra negar!
Estocolmo é uma cidade pequena, mesmo sendo considerada a maior cidade do país, a capital da Suécia tem um pouco mais de 700 mil habitantes e está espalhada em 14 ilhas localizadas no gigantesco Lago Mälaren.
Nosso hotel tinha uma localização excelente, era perto de praticamente todas as atrações da cidade, mas uma coisa que não posso deixar de comentar é que não é nenhum pouco fácil se localizar por lá.
A primeira parada foi na Prefeitura de Estocolmo, um dos símbolos do país. Além de ser o lugar mais fotografado de Estocolmo, é onde acontece todos os anos o banquete do Prêmio Nobel. Mas peraí, o Prêmio Nobel não acontece em Oslo?? Sim, também. A entrega do Prêmio Nobel acontece em Oslo e em Estocolmo. A unica diferença é que em Oslo acontece somente a entrega do Prêmio Nobel da Paz, todos os outros prêmios, como Literatura, Química, Física e Medicina acontecem em Estocolmo.
Pra quem não sabe, assim como a Prefeitura de Oslo, a Prefeitura de Estocolmo também pode ser visitada. Os tours são pré-determinados de acordo com o idioma escolhido. Não tem como visitar o prédio sem a presença de um guia.
Os ingressos estão a venda na lojinha de souvenirs da Prefeitura e as opções são apenas em inglês ou sueco. Os tours partem do hall de entrada principal a cada hora cheia e tem duração de 45 minutos (as regras para os tours durante os meses de verão são um pouco diferente).
Chegamos na hora certa, o próximo tour ia começar em questão de alguns minutos, então lá fomos nós rapidinho encontrar com o guia. Nosso grupo era pequeno, tinha 10 pessoas no máximo. Depois de recebermos as devidas instruções de como seria feita a visita, o que iriamos visitar e que era possível bater foto de tudo, o tour finalmente começou.
E começou bem, de cara já entramos no Blue Hall, um salão enorme, que muito lembra ao hall principal da Prefeitura de Oslo. É nessa sala onde acontecem, desde 1930, todos os anos o banquete do Prêmio Nobel. A Cerimônia de entrega da premiação acontece no Stockholm Concert Hall e após o evento, todos os convidados se dirigem a Prefeitura para o banquete. Entre os convidados, além da Familia Real Sueca, estão a familia dos candidatos ao Prêmio Nobel, autoridades suecas e convidados de todas as partes do mundo.
Conhecemos também a Council Chamber onde acontecem todas as semanas o encontro dos representantes municipais (equivalente ao posto de vereadores no Brasil) para debater e tomar decisões a respeitos de assuntos de ordem pública da cidade. Os habitantes de Estocolmo podem assistir aos encontros, inclusive há uma galeria pública com espaço para aproximadamente 200 pessoas. Um dos grandes destaques dessa sala é o teto, inspirado na era Viking e totalmente feito com madeira.
A Prince’s Gallery é nada mais nada menos do que um corredor onde é feita a recepção dos convidados para o baile que acontece logo apos o banquete do Prêmio Nobel. De um lado, os janelões que mostram um pouco da ilha Gamla Stan, Södermalm e do lago Mälaren. Mas vc deve estar de perguntando pq esse “corredor” recebeu o nome de Galeria do Príncipe?!?! Os afrescos que estão na parede oposta aos janelões foram feitas pelo irmão do Rei Gustav V, o Principe Eugen e ele chamou a obra de “Stockholm’s Shores”. Legal, né?!?!
Uma das salas mais bonitas do prédio é a Golden Hall, onde é oferecido o baile, logo após o banquete do Prêmio Nobel. A sala é realmente impressioante, simplesmente pq ela é inteiramente coberta por um mosaico composto por mais de 18 milhões de peças de ouro e vidro!! A obra é do artista sueco Einar Forseth e ele se inspirou em elementos e personalidades importantes que fizeram parte do Império Bizantino.
No pátio do prédio da Prefeitura, uma coisa curiosa… um cavalo Dala, que dizem ser um dos símbolos da cidade e frequentemente vimos em lojinhas de souvenirs também. Mas não consegui descobri qual o motivo e a relação do cavalo dala com a cidade. Se alguém souber, compartilhe a informação!
E pra terminar, ainda tem o Stadshusparken, o jardim da Prefeitura. Além de suas muitas estátuas, esculturas e flores, é um dos melhores lugares para bater foto da cidade antiga de Estocolmo, a Gamla Stan.
Depois dessa “breve” visita a Prefeitura, descobrimos que andar por Estocolmo não é uma tarefa fácil. São muitas ilhas, muitas pontes e é bem dificil descobrir qual ponte nos leva a ilha que queremos visitar. O jeito foi tentar não se estressar e caminhar pelas ruazinhas de cada uma dessas ilhas.
Confesso que foi tão dificil encontrar o Museu Nobel, que quando finalmente encontramos, nem quisemos mais visitar! heheehehhe Ficamos andando em circulos e com cada pessoa que conversamos as respostas e direções eram diferentes, que olha, deu raiva mesmo! (Fica a sugestão: mais placas informando onde fica bem certinho o museu).
E nessas andanças, chegamos ao Gamla Stan, a parte mais antiga da cidade. Rodeando a praça principal, chamada de Stortorget, ficam as casas de antigos comerciantes, que hoje em dia, depois de serem restauradas, muitas delas abrigam lojinhas, bares, restaurantes e galerias de arte.
Ao caminhar pelas suas ruazinhas exclusiva para pedestres, é impossível não parar de bater fotos! É uma das partes mais bonitas e bem conservadas de toda a cidade.
As cores dos prédios, variando do ocre ao vermelho e laranja dão um efeito unico e inconfundivel a Cidade Antiga de Estocolmo.
Enquanto nos esperavamos o nosso kanelbullar, uma espécie de “bolinho de canela” ficar pronto, já fomos estudando o mapinha da cidade para ver onde ficava o pier Strömkajen, de onde partem os barcos da empresa Waxholmsbolaget, que nos levariam ao nosso próximo destino.
No caminho passando pela Kungliga Operan, a Ópera Real de Estocolmo…
O pier está localizado bem em frente ao Grand Hotel Stockholm. Quando chegamos, o ferry já estava ali parado e iria partir em poucos minuto.
Na pressa, esquecemos de dizer que queriamos um ticket ida e volta e o rapaz (bem espertão) nos vendeu somente a ida. Ok, também não era o fim do mundo. Foi até melhor ter comprado so o ticket da ida, pq assim ficamos caminhando por lá sem hora pra voltar.
O trajeto é bem rapidinho, em questão de uns 15 minutos estavamos desembarcando no pier da ilha de Djurgården, onde fica o Museu Vasa.
O Vasa Museet é o museus mais visitados de Estocolmo e de toda a Escandinávia. Logo que chegamos lá, tinha uma fila consideravel, tivemos que esperar uns 15 minutos até conseguir comprar nossos ingressos.
Com o ingresso na mão, resolvemos assitir o videozinho (bem curto, aproximadamente uns 20 minutos) que conta um pouco da história do navio, pq ele foi construído, a sua recuperação, processo de restauração e algumas curiosidades. O video é em sueco com legendas em inglês e é apresentado de hora em hora (no verão as opções são diferentes).
O Vasa é o unico navio de guerra ainda existente no mundo. No incio do século 17, o Rei Gustavo Adolfo II ordenou sua construção para defender o país dos possíveis ataques da Polônia, maior inimigo da Suécia naquela época.
Em 1628, logo após partir para sua viagem incial, em questão de alguns poucos minutos, o navio foi atingido duas vezes por fortes rajadas de vento, que fizeram o navio inclinar tanto, que a água começou a invadir o interior do navio, fazendo com que ele afundasse rapidamente.
Lá se passaram muitos e muitos século, até que em 1961, o navio foi redescoberto no fundo da entrada do porto de Estocolmo, e pra surpresa de todos o navio estava praticamente intacto.
Logicamente que o navio passou por alguns trabalhos de restauração, mas inacreditavelmente 95% da sua estrutura que está em exibição no museu é original. Os principais trabalhos de restauração ficaram por conta das esculturas entalhadas em madeiras que decoram toda a parte externa do navio.
Infelizmente não podemos visitar o interior do Vasa, já que a estrutura como um todo é muito fragil. Mas quem resolver assitir o video, como nós fizemos, vai conseguir ver um pouco de como é o interior do navio.
O museu é enoooorme e ao longo dos seus 4 andares podemos ver 9 exibição especiais, cada uma abordando um tema relacionado ao navio, como maquetes, reproduções de como era o interior do navio naquela época, os objetos que foram recuperados no fundo do mar, inclusive alguns corpos de tripulantes que não se salvaram foram encontrados e através de trabalhos em computador tiveram seus rostos reconstruidos. Incrivel!
Isso sem falar que conforme vamos andando pelas “sacadas” de cada andar, podemos ver bem de pertinho as esculturas e os objetos de decoração que enfeitavam o navio.
E antes de ir embora, tivemos a brilhante ideia de passar no restaurante/lojinha do museu e não conseguimos resistir aos “bolinhos de canela” sueco…
Na volta, como não tinhamos o ticket da volta do barco e no pier onde desembarcamos não tinha nenhuma lojinha onde pudessemos comprar, resolvemos voltar caminhando.
A ilha de Djurgården é considerada a ilha do entretenimento, lá estão além do Museu Vasa, outros museus como o Skansen e o parque de diversão Gröna Lund e muitas outras atrações.
Pelo caminho, meio que por acaso, passamos em frente ao Kungliga Dramatiska Teatern..
No já no caminho para o hotel, encontramos uma das várias lojas da rede de fast food Max, uma espécie de Burger King da Suécia e resolvemos jantar ali mesmo!
Esse foi o nosso primeiro dia em Estocolmo.. na sequência vem o segundo post com o restante dos outros lugares que visitamos.
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tche… esse museu do barquinho ai é interessante hein… é o titanic sueco uaheauheauheauhe
Exatamente! heeheheh
É bem interessante mesmo, eu gostie!
Parabéns Bruna pelo teu blog!! Tudo bem explicadinho. Estive em Stocolmo e adorei tb. Um grande abraço!!
Oi Josiela,
Obrigadaaa =))
Estocolmo é muito bonita realmente! Eu tbm gostei bastante! =)