10.09
2012

Um passeio pelo Centro Histórico de Curitiba

Aproveitando esses dias de tempo bom e calor totalmente atípicos que tem feito aqui em Curitiba, resolvi encarar uma visita ao Centro Histórico no maior estilo turistona!

A última vez que coloquei meus pés nessa área da cidade foi a muito tempo atrás, na época que ainda morava aqui (antes do intercâmbio em Edimburgo), ou seja, já deve fazer mais de 4 anos. Pra falar bem a verdade, mesmo agora que voltei a morar aqui em Curitiba, não tenho muito o costume de ir pra esse lado da cidade não. 

Mas vamos ao que interessa… A região pré determinada de Centro Histórico é relativamente grandinha até. Então pra facilitar o passeio, nesse post eu vou escrever somente o que é possivel conhecer no Largo da Ordem. A visita não leva mais do que 2 horas e dá pra ir caminhando em todos os lugares.

Uma das melhores formas de começar a explorar essa parte da cidade é pela Praça Garibaldi. Nela, ficam várias atrações importantes, além do que, ainda dá pra aproveitar e visitar o Museu Paranaense que fica ali pertinho.

O Museu Paranaense, como o já dá pra imaginar, conta um pouco da história do estado através de seu acervo com mais de 200 mil peças e documentos históricos. Eu não visitei o museu por completo, mas pelo pouco que vi, a parte dos mapas é a mais interessante. O edificio onde fica atualmente o museu já foi sede do Governo do Paraná e tem uma arquitetura super bonita. Mas infelizmente como tudo no Brasil, o museu também já foi alvo de pichações. Lamentável!

Em seguida, vemos uma construção super bonita que é o Palácio Garibaldi. Nas duas vezes que passei por lá, os portões na entrada estavam fechados. Então não consegui descobrir se é possível ou não visitar. Se alguém souber de alguma coisa, me avise, por favor!

Assim como Viña del Mar, Curitiba também tem um relógio das flores pra chamar de seu. Ele fica exatamente em frente ao Palácio Garibaldi e marca as horas direitinho. Diz a lenda que todos os anos o relógio sofre um pequeno ajuste pq ele atrasa 30 segundos!

Um pouquinho mais pra baixo fica a Fonte da Memória, aqueeeela em que a água sai da boca de um cavalo, que foi construida para homenagear os tropeiros e comerciantes da região. Todas as semanas, os colonos carregavam suas carroças com seus produtos e vinham vender ali na praça. Enquanto isso, seus cavalos ficavam bebendo água na antiga fonte que ficava nesse exato local.

Nos arredores dessa fonte ficam o Centro de Informação Turística, a Igreja do Rosário,  o Solar do Rosário e a Igreja Presbiteriana Independente.

A Igreja do Rosário (Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito), na minha opinião é a Igreja mais bonita da cidade. Eu nunca estive no interior de Minas Gerais (só fui em Belo Horizonte), mas toda vez que olho pra ela, parece que estou em uma cidadezinha qualquer do interior mineiro. Essa é uma das igrejas mais antigas da cidade, e foi construida pelos escravos para que eles mesmos a utilizassem. Na fachada da igreja tem uns azulejos bem bonitos, que dizem ter pertencido a igreja original.

Mas o interior da Igreja também é bem bonitinho. Em cada uma das suas laterais é enfeitada com um vitral, além dos azulejos portugueses que mostram cenas do dia em que Jesus foi cruxificado. No dia que eu tava lá visitando, tinha um grupo de crianças de uma escola pública que estavam aprendendo um pouco sobre a história da cidade. Mas o que eu achei mais engraçado foi que, esses azulejos da parte interna são numerados com números romanos e conforme eles iam passando por eles, em coro eles iam disputando quem falava o numero primeiro. Coisa mais fofa!

O Solar do Rosário e a Igreja Presbiteriana eu não visitei, pq queria ir conhecer o Memorial da Cidade. Eu achei super interessante e recomendo bastante a visita, principalmente pra quem quiser ver a exposição de fotos que mostra um pouco de como era Curitiba no inicio do século passado. Para ver esse post, é só clicar aqui.

Saindo do Memorial da Cidade, já dá pra ver um bebedouro que fica bem no meio das demais atrações dessa parte da cidade, como: a Igreja da Ordem, a Casa Romário Martins e os varios casarões coloridos dessa área.

A Igreja da Ordem (Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Chagas) merece uma visita também, já que ficou bem conhecida por ser a primeira igreja da cidade (foi construída em 1737). Os grandes destaques dessa igreja ficam por conta do Museu da Arte Sacra de Curitiba e as 14 pinturas sobre a via sacra (assim como na Igreja do Rosário) que estão nas paredes internas da Igreja.

E pra terminar a visita, outro lugar legal de visitar é a Casa Romário Martins, considerada a construção mais antiga da cidade. Ela foi construída em estilo colonial portugues. Antigamente era um armazém de secos e molhados, mas hoje em dia virou um Centro de Exposições.

No dia que eu estive lá, estava em cartaz a exposição “O Caçador de Imagens” que mostra um pouco do trabalho do artista João Baptista Groff. Através de suas fotos dá pra conhecer um pouco mais de como era Curitiba nas décadas passadas. O espaço é relativamente pequeno, sendo assim, a visita não dura mais do que 30 minutos. Mas vale muito a pena!

Ah, sem esquecer que desde o mês passado o Centro Histórico da Cidade conta com internet wi-fi gratuita. Tem duas placas espalhadas pelo centro que informam o turista a disponibilidade desse serviço.

Mas adivinha? Nas ultimas duas vezes eu estive ali eu tentei me conectar e em nenhuma delas estava funcionando. O pessoal da prefeitura precisa providenciar o conserto disso logo!

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Bruna Bartolamei
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5 comentários em "Um passeio pelo Centro Histórico de Curitiba"
  1. Gisele Araujo   17/07/16 • 07h40

    Bruna, gostaria apenas de acrescentar a esse fantástico texto é que os azulejos portugueses a que você se refere no interior da Igreja do Rosário é a “Via Sacra” (é o trajeto seguido por Jesus carregando a cruz, que vai do Pretório até o Calvário), e a numeração em algarismos romanos são as estações (ou paradas) deste “Caminho Sagrado”(num total de 14 estações), por isso não numeradas, para podermos acompanhar o caminho na ordem correta dos acontecimentos. Sendo a 15ª estação introduzida mais recentemente, e está é na frente do altar da igreja, para recordar a Ressurreição de Cristo.
    A Via Sacra é um item que está presente em todas as igrejas Católicas, no mundo inteiro, pois teve origem na época das Cruzadas (entre os séculos XI/XIII)e os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém.
    Espero ter conseguido ajudar em algo. Abraços.

    • Contando as Horas   18/07/16 • 13h03

      Oi, Gisele

      Isso mesmo!!! Obrigada por complementar o texto, suas explicações foram ótimas!

      Obrigada também pela visita aqui no blog!

  2. Guilherme   18/06/19 • 11h31

    Olá… Sobre o Palácio Garibaldi: para visitar as formas mais fáceis são:
    – Entrar em contato (de preferência por telefone) e verificar se é possível agendar uma visita.
    – Acompanhar nas redes sociais quando tem evento público, daí é possível visitar por todas as dependências.

    Além dessas formas, a outra forma seria participar de algum evento fechado (15 anos ou casamento) ou se tornar sócio da associação giuseppe garibaldi.

    Agora está ocorrendo a 1ª Festa da Itália. Até final de julho/2019 o palácio está aberto para visitação.

  3. Guilherme   18/06/19 • 11h50

    Só complementando, que a Fonte da Memória tem o nome popular como “Cavalo Babão”. É importante saber pois muitas vezes acaba sendo o nome do ponto de encontro.

    • Contando as Horas   21/06/19 • 21h16

      Oi, Guilherme

      Nossa, muito obrigada pelas dicas! Não sabia de todas essas opções para visitar.

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