04.10
2012

Dublin e Guinness: O Ouro Negro Irlandes!

O foco principal dessa viagem à Irlanda era visitar os Cliffs of Moher, então o tempo que restou no domingo até as 16:00 horas eu aproveitei pra passear por Dublin. Olhando o mapa da cidade no Google Maps dá a impressão de que a fábrica da Guinness fica beeem longe do centro da cidade, mas nada que uns 20 minutos de caminhada não nos leve até lá e ainda pelo caminho, fui parando em alguns lugares.

Pra começar, eu aproveitei pra visitar o Dublin Castle, mas tive que me contentar em ver somente por fora, já que eu não sabia que dava pra visitar. Ao chegar lá vi uma placa dizendo que era possivel visitar todos os dias, só que aos domingos as visitas guiadas aconteciam somente pela parte da tarde. Eu que gosto tanto de visitar castelos e palácio não acreditei que dei esse vacilo tão grande, mas faz parte.. 

Bom, o Castelo de Dublin foi originalmente construido para ser um forte, mas ao longo dos anos a sua arquitetura exterior foi sendo alterada, chegando a se transformar em residencia real, onde morava o representante irlandes do Rei Britânico no país. Devido as transformações ao longo dos anos, hoje em dia o Castelo de Dublin nem parece um castelo propriamente dito, quando olhamos por fora. Mas eu imagino que os State Rooms devam ser super bonitos e requintados, a altura de qualquer palácio/castelo que estamos acostumados a ver por ai.

Minha próxima parada foi na Christ Church Cathedral, uma das principais igrejas do país junto com a St Patrick’s Cathedral. Na catedral podemos ver alguns manuscritos e objetos que contam um pouco da história da catedral e da cidade, na ala chamada os “Treasures of Christ Church”.

E um pouco mais adiante, cheguei na atração mais visitada da cidade: a Fábrica da Cerveja Guinness, considerado o maior símbolo nacional. Mesmo eu já tendo visitado outras fábricas de cerveja como a da Carlsberg, em Copenhagen e da Heineken, em Amsterdam, e mesmo eu não gostando muito da cerveja em si, a visita a Guinness vale muito a pena!

Pra começar o ticket pode e deve ser comprado em casa pela internet para evitar fila no local e ainda, se comprado online o valor é mais barato. Ao chegar lá, devemos trocar o voucher encaminhado por email pelo ticket, que podem ser feitos de duas formas: no guichê com as atendentes ou nas máquinas self-service. Quando eu cheguei lá (por um milagre) as máquinas estavam vazias e acabei retirando meu ticket ali mesmo.

A estrutura da fábrica, como eu já imaginava é enorme. No total são 7 andares para percorrer.

Logo na entrada, no chão, podemos ver o contrato de locação da fábrica da Guinness. Até ai nada demais. O que chama atenção é que o contrato foi assinado em 1759 por Arthur Guinness e tem duração de exatos 9 mil anos, isso mesmo: nove mil anos! Meu deus, que exagero!

Ai vem a parte em que todo mundo fica enlouquecido.. a lojinha da fábrica da Guinness. Enoooorme! Aproveitei pra comprar um imã de geladeira pra mim e umas camisetas pro meu pai e meu irmão.

Pint de Guinness enfeitando minha geladeira!

No próximo andar, conforme vamos andando vamos passando pelas exibições que contam de uma forma breve qual a importância de cada ingrediente na fabricação da cerveja mais popular e consumida do país.

Toda essa parte é bem explicada através de imagens, videos e um resuminho principal de como cada ingrediente como a cevada irlandesa (barley), as leveduras (yeast), lúpulo (hops) e água (water) contribuem para que a cerveja tenha determinadas caracteristicas de sabor e esse aspecto escuro.

Claro que a quantidade usada de cada ingrediente e a forma de preparo não estão revelados ali. Segredo absoluto!

E ao contrario do que todo mundo já chegou a pensar, a água usada na fabricação da cerveja não é retirada do rio Liffey, mas ela vem das montanhas de Wicklow que estão localizadas nos arredores de Dublin.

Na sequencia chegamos a parte denominada de “5th Ingredient” que conta um pouco da história do fundador da cervejaria, Arthur Guinness..

A próxima parte da visita vemos algums objetos e podemos aprender um pouco sobre o processo de produção da cerveja..

Também podemos ver como são fabricados os barris onde são armazenadas a cerveja..

E os meios de transportes, desde os mais simples como um cavalo e charretes até os mais antiiiigos como trens e navios que carregavam e distruiam a cerveja pelo país e pelo mundo.

Ainda tem a Guinness’ Gallery a parte que eu achei mais legal. Ali estão em exibição todas as formas de propaganda da cervejaria ao longo dos anos. E não são só cartazes e comerciais de tv, existem varios objetos e souvenirs que fizeram parte do plano de divulgação da marca.

Outra parte legal é a que mostra onde podemos encontrar as Guinness pelo mundo.. Tem até o Brasil ali!!

E pra terminar a visita: o Gravity Bar, onde podemos degustar a stout mais famosa do mundo acompanhado da vista de 360 graus de Dublin.

A Guinness Storehouse fica na St James’s Gate. Abre todos os dias da semana, exceto em alguns feriados.

Na volta pro centro da cidade, antes de pegar o ônibus pro aeroporto, ainda tive tempo de dar uma rápida passadinha pelo região dos bares e ver o Temple Bar.

Atravessando o rio Liffey, logo cheguei a O’Connell Street. Além de ser uma das principais ruas da cidade, é onde fica o Spire of Dublin e a estátua de Daniel O’Connell, um dos principais lideres católico do país.

E ainda tive tempo de ver (bem rapidamente) um pouco da Clerys, a principal loja de departamento da Irlanda.

Ticket da Guinness e o bilhete do ônibus lá de Edimburgo!

E sem tempo pra mais nada, era hora de pegar o ônibus para o aeroporto e voltar pra Escócia, pra minha felicidade e a da Oficial da Imigração da Irlanda! =)

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Bruna Bartolamei
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10 comentários em "Dublin e Guinness: O Ouro Negro Irlandes!"
  1. Helder Ribeiro   10/11/12 • 10h28

    Parabéns pelo post, Bruna!

    São passeios muito interessantes, inclusive a fábrica da Guinness eu tenho muita vontade de visitar.

    Abraços,
    Helder

    • Bruna   11/11/12 • 20h04

      Oi Helder!

      Realmente, na Irlanda tem uns lugares bem interessante e mesmo pra qm nao é super fã da Guinness, visitar a fabrica/museu vale muito a pena. :)

  2. Thamiris   13/01/15 • 15h16

    Bruna, conheci seu blog hoje quando estava procurando sobre a Lapônia – Finlândia. Amei e consegui dicas ótimas.
    Em janeiro/2016 estou indo para Dublin – Irlanda, para intercâmbio de 1 ano estudar inglês, mas não pretendo ficar´somente por lá, quero aproveitar as férias ir conhecer:
    – Lapônia (no natal)
    – Ibiza – (Verão)
    – Londres (Ano novo)
    – Veneza, Lisboa e Paris no inverno

    O que você acha sobre as épocas do ano que escolhi para visitar essas cidades?

    Abraço =)

    • Contando as Horas   15/01/15 • 00h40

      Oi, Thamiris

      Que legal!! Aproveite muito teu intercâmbio, é um oportunidade unica na vida!

      Então, na minha opinião:
      – Lapônia: tranquilo ir no natal, só se organize o quanto antes, com no minimo uns 6 meses de antecedência. Lá costuma ter excursões e tudo lota muito rapido. Compre a passagem e reserve o hotel com bastante antecedência mesmo. Já os passeios vc pode ir reservando quando faltar uns 4 meses, mais ou menos, só pra garantir. Afinal, ir até lá e não conseguir fazer algo que vc queria muito, vai ser triste.
      – Ibiza: Nunca fui em Ibiza, mas assim como a LAponia, por ser um lugar muuuito badalado, te aconselho a seguir os mesmos conselhos da Lapônia e reservar tudo o quanto antes. Eu acho que essa é a melhor epoca mesmo pra ir em Ibiza.
      – Londres: Desde esse ano novo (de 2014 pra 2015), a prefeitura de Londres começou a cobrar entrada para ver a queima de fogos em Londres. Se vc puder se organizar e ficar de olho nesses ingressos, geralmente eles colocam a venda com uma certa antecedência no site. LEmbre-se que dia 25 e 26 de dezembro é feriado no UK (imagino que seja a mesma coisa na Irlanda) e tudo literalmente fecha e nada funciona. Se puder evitar esses dias pra chegar lá, melhor. Dia 31 e 01 tbm é tudo fechado, então deixe pra passear nos parques e caminhar nas margens do Tamisa nesses dias, pois tudo vai estar fechado, nem metro e trens funcionam, pra vc ter uma idéia.
      – Lisboa e Paris no inverno são otimas opções. Lisboa é friozinho, mas não tanto. Já PAris, a muvuca é muito menor. Veneza eu so fui no verão e tava lo-ta-do de gente, acabei nao gostando muito da cidade por esse motivo. Não sei como é no inverno, mas tem que cuidar pq costuma ser epoca de chuvas.

      Acho que é isso, espero ter ajudado.

      Obrigada pela visita aqui no blog!

  3. Viagem e Férias   26/03/15 • 11h15

    Um dos lugares mais turísticos de Dublin é a Há’penny Bridge. Trata-se de uma ponte que atravessa o rio Liffey, o mais famoso da cidade. Localizada bem no centro da cidade, a Há’penny foi a primeira travessia construída para pedestres.
    Prédios medievais, castelos e pubs se unem e formam uma mistura exemplar do passado e do presente. Toda essa atmosfera harmoniosa dá espaço aos milhares de turistas, os quais fazem de Dublin um dos roteiros mais visitados.

    • Contando as Horas   29/03/15 • 23h27

      Olá,

      Verdade! Eu passei por essa ponte algumas vezes, mas fotografei ela muito pouco, tanto que a melhor foto que tirei tá ai no post (e mesmo assim a foto não ficou muito boa!).

      Obrigada pela visita aqui no blog!

  4. Carol Akemi   24/06/15 • 11h37

    Oi Bruna!
    Como sempre estou lendo tudo no seu blog! :)
    Quanto tempo mais ou menos voce ficou la na fabrica da Guinness? Voce lembra?
    Obrigada
    Bjos

    • Contando as Horas   24/06/15 • 20h44

      Oi, Carol

      Por volta de umas 2 horas e meia hahaha Eu sou meio devagar pra visitar as coisas.. Mas dá pra visitar em menos tempo, obviamente! =DDD

  5. Gabriela   29/05/16 • 20h45

    Oi Bruna!
    Eu estou indo para Londres e Dublin em 2017 e estou perdida com tantas opções de passeios turísticos. Seu blog me clareou as idéias. Obrigada!

    • Contando as Horas   30/05/16 • 01h23

      Oi, Gabriela

      Existem vários mesmo!! Bom que vc tem tempo pra pesquisar bastante, pq existem muitas outras coisas que eu não conheci e que talvez vc se interesse.

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