Dia 18 de setembro de 2014 (amanhã!) pode ser um dia histórico para a Escócia. Pra quem ainda não sabe, nesse dia haverá um referendo questionando os escoceses se eles querem ou não serem independentes do restante do Reino Unido.
Antes de qualquer coisa, a Escócia é um país pequeno e tem um pouco mais de 5 milhões de habitantes. São 5 milhões de pessoas orgulhosas de viver em um país que muita gente desconhece (exceto pelos homens de saia, as gaitas de fole e por causa do tempo), mas que quando tem a chance de conhecer um pouco mais, ama. Adivinha quem está incluida nessa listinha? Euzinha aqui. Gostei tanto de morar em Edimburgo, que sempre que tiver oportunidade, voltarei a cidade e ao país, sempre.
E claro que essa minha viagem não seria tão legal se eu perdesse de estar em Edimburgo justamente nesse dia histórico. Eu fiz mil e uma manobras com as minhas milhas e dei um jeito de encaixar essa data no meu roteiro.
Antes de mais nada, o clima na cidade é ótimo. O pessoal que já tinha orgulho de exibir sua bandeira (e não a do Reino Unido), de cantar o seu hino (e não o God save the Queen), de homens usarem saia na maior naturalidade e de comerem coisas estranhíssimas (procurem no google por deep-fried mars bar, black pudding e haggis), mereciam essa chance de escolher poder voltar a ser um país independente ou não.
Eu nasci e moro no sul do Brasil e entendo bem essa situação, pois quantas vezes já ouvi debates de que nós deveriamos nos separar do restante do país. No calor da emoção, todo mundo quer ser independente, mas existem muitas coisas mais a serem analisadas. Isso é fato.
No caso da Escócia, o país nunca foi conquistado pelos Ingleses (motivo da maior rixa entre eles até hoje), são mais de 300 anos de união, que podem simplesmente chegar o fim no dia amanhã. Uma “parceria” que, convenhamos, deu muito certo até então.
Eu não sei o que vai acontecer, se a Escócia vai ficar ou não independente, mas as pesquisas mostram como andam os sentimentos da população. Existe uma pequena diferença, mas as mudanças podem ser gigantes (como ficará a economia? qual será a moeda oficial? como ficaria a relação da Escócia com a União Européia, OTAN e outras organizações mundiais? E o petróleo no Mar do Norte? E o sistema de saude? E a defesa nacional? E as aposentadorias?).
As ultimas pesquisas mostram:
Escoceses contra a independência 53%,
Escoceses a favor da independência 47%
A longo prazo, há quem diga que a Escócia sairia perdendo em se separar do Reino Unido, por outro lado, há quem diga que não.
O debate é claramente dividido entre o Partido Nacional Escocês, que é a favor da independência e o restante dos partidos que são a favor da continuidade da união do reino.
Foram criadas também organizações políticas que defendem ambos os lados, como o Yes Scotland (a favor da independência) e o Better Together (contra a separação). Quem tiver interesse em saber mais sobre questões particulares defendidas por ambos os lados, é só clicar nos links em vermelho.
Sem saber o que o futuro reserva a Escócia e ao Reino Unido, a questão já foi lançada: “A Escócia deveria ser um país independente?”.
Dependendo da escolha, a próxima data histórica já foi definida: dia 24 de março de 2016. Nesse dia, a Escócia poderá voltar a ser independente novamente, mas dessa vez, será para sempre.
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Parabéns filha, tenho orgulho de ser seu pai, conseguisse em resumida síntese dizer tudo o que o leitor precisar saber sobre este momento histórico da Escócia. Grande beijo e aproveite esse momento ímpar de sua vida. Você merece.
Valeu, véio! Eu não poderia ter escolhido país melhor pra gostar. A Escócia é espetacular, sem falar na historia e no povo. Muito legal estar aqui nesse momento unico, independente do resultado.
Agora, se o “yes” ganhar, em março de 2016 estarei aqui de novo!! Ok?!?!? Hahahaha :D
obrigada pela informaçao precisava de saber o que ia acontecer para uma aula
Oi, Tatiana
Hehe Legal! Obrigada pela visita aqui no blog! :D
Sinceramente, não sei o que pensar a respeito do referendum de Independência da Escócia…mas se o YES vencer, bem que eles poderiam abrir um pouco as fronteiras e oferecer uns programas de imigração, né? Afinal, a população da Escócia é pequena em comparação ao seu território e eles vão precisar de gente para crescer um pouco. Eu não me importaria nem um pouco de me mudar para lá..
Oi, Aline
Verdade, é uma questão dificil mesmo, cheia de prós e contras. Eu tbm me candidato a aumentar a população do país… Hehehe O negocio é esperar e ver o que vai acontecer.
Obrigada pela visita aqui no blog! :D