28.01
2015

El Calafate: Conhecendo outras geleiras do Parque Nacional Los Glaciares através do passeio de barco Rios de Hielo

Um dos passeios mais procurados em El Calafate é o Rios de Hielo. Antigamente esse passeio era chamado de Todo Los Glaciares. O nome precisou ser alterado, pq o roteiro sofreu alteração.

A principal diferença entre o antigo Todo Los Glaciares e o atual Rios de Hielo, basicamente são duas:

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1) antigamente esse passeio leva o dia todo, mas agora com a mudança no roteiro, o tempo de duração do passeio é de meio dia. Por volta das 14:30 nos já estavamos de volta a El Calafate.

2) a parte final do passeio não passa mais pela geleira Perito Moreno, pq a presença de enormes pedaços de gelo não permitem mais que os barcos cheguem até lá. 

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Eu levei um tempo tentando descobrir essa diferença, pq como essa foi uma alteração relativamente recente, com inicio em agosto de 2014, nenhum lugar explicava de forma clara sobre isso. As minhas suspeitas foram confirmadas quando mandei um email pra uma agência de turismo local questionando sobre os nomes e o passeio.

Esse passeio acaba se tornando imperdível pq ele oferece uma boa oportunidade de ver de perto outras geleiras do Parque Nacional Los Glaciares. No total, existem 47 geleiras que desembocam no Lago Argentino, entre elas, as mais conhecidas são Perito Moreno, Upsala, Onelli, Spegazzini, Seco, Bolados, Agassiz, entre outras. De todas essas, nós temos oportunidade de conhecer apenas 4 geleiras durante esse passeio.

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Como o nosso hotel ficava um pouco mais afastado do centro da cidade, no sentido pra quem vai para o Parque Nacional Los Glaciares, nós fomos os ultimos a embarcar no ônibus.

O trajeto entre El Calafate e o Parque Nacional é de 50 km, que são percorrido em aproximadamente 1 hora. Ao chegar no Parque Nacional, nos desembarcamos em um galpão localizado no Porto Punta Bandera. Lá estavam milhões de pessoas. Como a gente não tinha recebido nenhuma informação do que fazer ali, o jeito foi ter calma, olhar pra todos os lados e procurar indicios.

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Logo nos percebemos que haviam duas direções pra seguir:

– Primeiro: Pagar a taxa referente a entrada no Parque Nacional;

– Segundo: Entrar na fila pra poder embarcar no barco.

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Dica 01: Quem estiver em duas ou mais pessoas, o interessante nessa hora é se separar, enquanto alguém vai pagar a taxa de entrada do parque, outra pessoa vai ficando na fila pra entrar no barco. Quem for pagar a taxa, é interessante levar o passaporte de todas as pessoas que tenham passaporte brasileiro, pois como fizemos parte do Mercosul, pagamos menos que os demais turistas estrangeiros. Atualmente, a taxa para turistas do  Mercosul é de 150,00 pesos argentinos.

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Dica 02: Ao contrario de antigamente, agora não é mais necessário pagar somente em pesos argentinos. O dólar americano também está sendo aceito, mas a conversão é a oficial e o troco é dado em pesos argentinos. Nós sempre pagamos com pesos argentinos, mas pessoas próximas de nós na fila pagaram com dólar e não tiveram problema.

Com as taxas de entrada do Parque Nacional pagas, eu já fui direto pra fila de entrada do barco. Como nós nos mexemos rápido, nos conseguimos entrar rapidamente no barco e garantir um lugar na janela. Importantíssimo pegar um lugar na janela, pq é impossivel ficar o tempo todo lá fora olhando ou fotografando, pq o frio e o vento são de matar.

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Logo que a gente entra no barco, a recomendação é de permanecer sentado nos seus lugares, pois os primeiros 10 minutos após a partida, ninguém pode ficar de pé ou sair de dentro do barco, por motivos de segurança. É nesse momento que a gente recebe todas as orientações sobre como será o passeio e como a gente deve se comportar no barco.

O passeio começa com uma loooonga navegação pelo Brazo Norte do Lago Argentino, passando pela Boca del Diablo (local mais estreito do lago), e seguimos em direção as geleiras. Esse trajeto é longo mesmo, portanto não há necessidade de sair para a parte aberta do barco ainda.

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Pelo caminho vão aparecer alguns icebergs boiando, além de outros barcos navegando. Depois de uns 40 minutos de navegação é que realmente a concentração de icebergs começa a aumentar e nessa hora é interessante ir pro deck pra fotografar.

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Eu já tinha visto iceberg pela primeira vez na Islândia, mas né, como não é uma coisa que a gente é acostumado a ver todos os dias, sempre causa uma emoção, impossível não fotografar.

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Os icebergs são de todas as formas, tamanhos e cores (sim, pois alguns são mais transparentes, outros são brancos e outros são azuis).

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Em questão de alguns minutos, logo aparece na nossa frente Glaciar Upsala. Diz que essa é a terceira maior geleira da América do Sul, ficando atras somente Pio XI (que fica no Chile) e do Viedma (que também fica na Argentina). Nesse passeio, essa é a maior geleira que a gente vê, ela tem 50 km de comprimento e 13 km de largura.

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Devido ao grande desprendimento liberado todos os dias por essa geleira, é impossivel chegar muito perto dela, pois os icebergs bloqueiam o caminho. Com isso, o barco para um pouco longe, mas com tempo suficiente pra que todo mundo consiga fotografar de todos os angulos. Não há necessidade de se preocupar com isso.

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Segundo a narração do guia do barco, essa geleira esta em retrocesso, ou seja, devido ao aquecimento global o processo de degelo acelerou e a geleira vem perdendo área visivelmente.

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Entre as geleiras Upsala e Spegazzini, nossa próxima parada, fica o Glaciar Seco. Ele recebeu esse nome, pq ao contrario de todas as outras geleiras do Parque, essa não encosta nas águas do Lago Argentino.

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Nessa hora, a guia apenas avisa que estamos chegando perto dessa geleira, mas o barco não fica parado pra que a gente bata foto e observe essa geleira com calma. Então tem que ser rápido, quando a guia avisa que estamos chegando, é hora de levantar rapidinho e ir pro deck pra poder fotografar.

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Seguindo o passeio, a próxima parada é em frente ao Glaciar Spegazzini. Essa foi a geleira que eu mais gostei e também foi a que a gente conseguiu chegar mais pertinho.

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Essa geleira é considerada a mais alta do parque, com 135 metros de altura, mas a parte frontal dela é menor, tendo apenas 1,5 km de largura.

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Devido a proximidade com que o barco chega perto, a gente consegue ver muito bem todos os detalhes. Além disso, conseguimos ver todo aquele “rio” de gelo descendo pela montanha até chegar na parte frontal que fica dentro do Lago Argentino. Sem duvida alguma, essa é a geleira mais fotogênica do parque!

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Ao contrario do Glaciar Upsala, essa geleira é considerada estável, o que significa que ela não vem perdendo área de gelo e tem permanecido nos ultimos anos igual.

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Essa foi a ultima geleira que visitamos e depois disso, o barco volta direto pro Porto Punta Bandera. Pelo trajeto a gente continua vendo icebergs pelo caminho, mas fora isso, não tem mais pq ficar do lado de fora do barco passando frio.

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Esse é um bom momento pra voltar, sentar e descansar um pouco dentro do barco.

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Dica 03: Todas as vezes que o barco chega perto das geleiras Upsala e Spegazzini, ele fica parado ali um bom tempo, tempo suficiente para que todo mundo consiga bater suas fotos. Não há necessidade de ir pra parte mais frontal do barco, como todo mundo costuma ir, pois como o barco vai girando, todas as pessoas que estão nas laterais e no fundo do barco vão ter oportunidade para as suas fotos.

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Ao chegar de volta ao Porto Punta Bandera, o ônibus já está lá esperando pra nos levar de volta a cidade.

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A empresa que detém o monopolio desse passeio é a Fernandez Campbell, mas o tour é revendido por diversas agências de turismo local e pode ser facilmente reservado pela internet ainda aqui do Brasil, que foi o que eu fiz. Eu reservei esse passeio com mais de 1 mês de antecedência, pois esse é um passeio que lota com facilidade.

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Bruna Bartolamei
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10 comentários em "El Calafate: Conhecendo outras geleiras do Parque Nacional Los Glaciares através do passeio de barco Rios de Hielo"
  1. Marilia   04/02/15 • 15h56

    Linnnnndo! Eu fiz esse passeio também em 2013 (janeiro) e foi bem asism como vc descreveu. A única diferença é que o “pacote” já continha as taxas e não pegamos a primeira fila.
    As paisagens são de contemplar em silêncio.
    Amo suas postagens.

    • Contando as Horas   12/02/15 • 23h29

      Oi, Marilia

      Que bom que vc conseguiu um pacote com as taxas incluidas, em todos os lugares que pesquisei, nenhum tinha essa opção. Certamente é melhor assim, pois é menos uma fila pra pegar.

      Verdade! Muitas vezes, apos fotografar tudo de milhões de angulos, eu ficava ali passando frio, mas observado tudo em silêncio. Tem coisas que são inacreditáveis, né?!?!

      =D

  2. Daniel Oliveira   07/04/15 • 10h14

    Muito bacana seu post. Eu e minha esposa vamos em setembro /2015. Queria saber quanto vc pagou pelo passeio. Abraço

    • Contando as Horas   07/04/15 • 18h01

      Oi, Daniel

      Esses passeios na Patagônia são bem carinhos, foi 168,00 dólares/pessoa.

  3. Adriana Melo   25/05/15 • 16h17

    Oi Bruna! Pode me dizer qual foi o site que você fez a reserva? No total foi 168 dollars por pessoa, com a taxa ônibus etc? Obrigada

    • Contando as Horas   25/05/15 • 22h51

      Oi, Adriana

      Eu reservei no site da empresa Argentina4U. 168,00 dólares/pessoa, sem incluir a taxa do Parque Nacional, que vc deve pagar la na hora.

  4. Rosana Ladeira   15/09/16 • 11h18

    Olá, Bruna. Vou viajar em outubro para El Calafate. Será que preciso comprar os passeios com antecedencia mesmo? Estou numa dúvida… É que queria estar no lugar para decidir melhor o que fazer conversando com a agencia de viagens. Vc acha arriscado nao comprar? Outra coisa: é confiavel mesmo este site Argentina 4U? Grata pelas dicas!!!

    • Contando as Horas   16/09/16 • 18h25

      Oi, Rosana

      Dependendo do passeio sim, é altamente recomendado. Eu sempre dou preferencia pra comprar/reservar tudo online, assim tenho tempo de pesquisar e tirar todas as duvidas antes. Eu reservei 2 passeios com a Argentina 4U qdo fiz essa viagem a Patagônia. Achei super tranquilo, nao tive nenhum problema, por isso fechei a parceria com eles e indico aqui no blog.

      Obrigada pela visita aqui no blog!

  5. Leonardo   17/11/16 • 05h30

    Muito obrigado por disponibilizar informações tão completas sobre esta atração. Faremos este passeio no Carnaval 2017. Pretendo passar a maior parte do tempo no convés do barco, fotografando. Faz muito frio do lado de fora do barco? É necessário utilizar roupas de inverno, ou basta um bom casaco? É verdade que ficam vários fotógrafos “profissionais” atrapalhando os turistas no convés do barco?

    • Contando as Horas   17/11/16 • 19h12

      Oi, Leonardo

      Siiim! MUITO frio mesmo! Uma ventania que vc não aguenta ficar mais do que 5 minutos. Sério mesmo. No dia especifico que fizemos esse passeio, não tinha vento, foi pura sorte, segundo o nosso guia. Na outras duas vezes que estive ali, tinha muito vento e tava muito frio. Claro que o vento potencializa ainda mais o frio, mas de qualquer forma, mesmo que não tenha vento, será frio sim.

      Leve roupas de inverno sim, faz bastante frio. Leve também cachecol, luvas e tudo mais.

      Não, não vi. Tem uma infinidade de turistas, mas isso é esperado.

      Obrigada pela visita aqui no blog! :D

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