Entre todos os dias que fiquei nessa ilha, dois dias eu reservei pra conhecer o lado francês, Saint Martin. O lado francês tem maior território (aproximadamente 60%), e consequentemente muito mais praias. O legal nessa ilha é que, independente de estar no lado holandes ou frances, sempre vai ter uma praia paradisiaca por perto. Mas o lado francês ainda oferece um bônus, conhecer mais três ilhas que fazem parte de seu território: a Creole Rock, Tintamarre e Pinel.
St Martin visto do lado holandês da ilha
Além de praias e ilhas, a capital do lado francês também merece uma visita. Marigot passou de uma vila pesqueira a capital da ilha durante o reinado de Louis 16 e desde estão mantem esse status.
Sua principal atração é o Fort St Louis, que fica no alto de uma colina e domina toda a paisagem da cidade. Pra ir até lá existe uma escada e apesar da subida ser um pouco ingreme, é bem tranquila.
Apesar de ser um forte em ruinas e ter apenas alguns canhões que faziam a defesa da ilha antigamente, esse lugar teve uma enorme importancia na defesa da ilha.
Lá do alto se tem uma das melhores vistas de toda a cidade de Marigot e de sua marina, local onde ficam diversos iates de milionarios do mundo todo, como por exemplo o iate do dono do Chelsea, que é um dos maiores que estão ancorados ali. Também é possivel ver algumas praias do lado franceês e ainda, dá pra ver até a ilha vizinha de Anguilla.
Eu estive lá de manhã, mas eu li em diversos lugares na internet de que esse forte é bem procurado por locais e turistas pra curtir o por do sol. Imagino que deve ser realmente muito bonito. Fica a dica!
Legenda: Em amarelo Anguilla, em vermelho Pinel Island, em preto ilha de Tintamarre e em verde, Philipsburg, a capital do lado holandês. Foto tirada do avião no voo entre St Maarten e St Kitts e Nevis
Pra visitar algumas praias do lado frances, a Creole Rock e a ilha de Tintamarre, nos pegamos um tour de um dia que partiu da marina Dock Maarten, pertinho do porto de Philipsburg.
Nossa primeira parada foi na ilha de Tintamarre, uma ilha deserta que fica a 4 km da costa de St Martin e uns 8 km da costa de Anguilla. Como ninguém mora lá, a ilha não tem estrutura nenhuma. Geralmente os tours param ali pra mergulho, snorkeling e ainda, tem sortudos que conseguem ver tartarugas.
Infelizmente a gente não teve essa sorte, não vi nenhuma tartaruga, mas aproveitei ficar na água durante todo o tempo destinado a essa parada (1 hora).
A ilha é mais um daqueles lugares belíssimos que só o Caribe proporciona. A água tem uma cor lindíssima. Antes de cair na água fiquei um tempão fotografando tudo de diversos ângulos.
No dia do nosso passeio, além do nosso grupo, ainda tinha mais uma empresa com turistas por lá. Mas os barcos ficam parados longes uns dos outros, então não há muvuca de pessoas.
Ah, não se assuste se por acaso aparecer um barco cheio de pessoas peladas. Enquanto estávamos ali, parou um barco cheio de homens e todos nus, andando pra lá e pra cá (tanto no barco, como nadando e caminhando na praia) sem a menor cerimonia! O guia nos disse que é no lado frances é muuuito comum ver pessoas peladas em todos os lugares, coisa que não acontece no lado holandês da ilha. Ele tinha razão. Vimos diversas (muitas mesmo!) pessoas peladonas ou fazendo topless em todos os lugares no lado francês da ilha.
St Martin ali no fundo!
Essa ilha só é acessível através de tours ou pra quem alugar um barco/lancha, por isso resolvemos pegar um tour que inclusive essa ilha, pois como dá pra ver nas fotos, vale muito a pena ir até lá!
Dali nos partimos para a Creole Rock, uma enorme formação rochosa que fica quase em frente a praia de Grand Case. Esse é considerado um dos melhores lugares pra fazer snorkel na ilha. E realmente é!
A 1 hora que a gente ficou ali, sinceramente? Eu nem vi passar. A barreira de corais é muito bonita. Vi diversos peixinhos coloridos, uns grandões mais feios e teve pessoas que viram até lulas. Por mim, eu teria passado o dia todo ali! Achei muito legal essa parte do passeio.
Importante dizer que, não é permitido subir na Creole Rock. Primeiro por motivo de segurança e depois pq as ondas batem ali com uma certa força e pode ser perigoso se machucar ou até mesmo se cortar encostando nessas rochas.
Os guias até orientam que a gente não deve chegar tão perto da Creole Rock e pra falar bem a verdade, logo que a gente pula do barco a gente já começa a ver peixinhos e corais, que realmente, nem é necessário se arriscar a ir lá tão perto.
E como nos estávamos praticamente em frente a praia de Grand Case, nossa parada pro almoço foi ali. Essa praia tem uma faixa de areia pequena, mas o que leva boa parte dos turistas até ali (independente de estar ou nao fazendo algum tour pela ilha) são os seus restaurantes. Pelo que tinha lido na internet, a maioria dos melhores restaurantes da ilha estão nessa praia.
O nosso tour tinha uma parceria com o Calmos Café, que é um barzinho na areia, estilo bem rustico. Achei o lugar bem legal. Quando a comida, eu achei bem ok, não era ruim mas também não achei nada de espetacular. Foi servido peixe, arroz, salada e sorvete de sobremesa.
E pra terminar o tour, fizemos mais uma parada de uns 30-40 minutos na praia Baie Longue. Essa praia é tipica do Caribe, com areia branquinha, faixa de areia relativamente grande e água azul turquesa muito bonita.
Essa praia ficou bem conhecida por causa do hotel Belmond La Samanna, considerado o melhor hotel da ilha e que pertence a rede Oriente-Express. Eu não cheguei a conhecer o hotel, pois apenas fiquei na água, mas o guia nos disse que existem cabanas que podem ser reservadas pela bagatela de 10.000 euros/dia. Que tal?
Depois disso a gente seguiu navegando pela costa de St Martin, passamos pelo aeroporto onde deu pra ver um avião pousando (mas não deu tempo de fotografar direito!!) e por fim, chegamos a Philipsburg.
Um avião da American Airlines pousando
No nosso ultimo dia nessa ilha, nos resolvemos ir novamente pro lado francês da ilha pra ver outras coisinhas que ficaram faltando. Entre elas, a praia de Cul de Sac e a Pinel Island.
Pinel Island é vizinha da Ilha de Tintamarre, mas diferente dessa, é possível ir por conta propria até a Pinel Island. E nos fizemos isso. Nos pegamos um táxi até a praia de Cul de Sac e lá, pegamos um ferry.
Na verdade, nesse dia, eu tinha em mente atravessar de Cul de Sac até a Pinel Island usando caiaque. Diversas pessoas fazem isso, pq a distancia não é grande. Mas quando cheguei la, vi que o mar tava cheio de algas e umas coisas estranhas, achei melhor deixar essa idéia de lado.
Foi ai que vi que tinha um ferry e que coincidentemente saia em questão de minutos. O barco sai apenas 1 vez por hora e a travessia leva uns 10 minutinhos. O valor (em fevereiro de 2015) é de 10,00 euros.
A Pinel Island é mais um daqueles lugares que a gente vê fotos na internet e pensa: eu preciso ir lá! E realmente, é um lugar muito bonito! Essa ilha fica em uma reserva natural, a St Martin’s Marine Reserve. Existem apenas duas praias, uma que fica de frente pra ilha de St Martin e que tem águas mais tranquilas. Já a outra praia fica de frente pro oceano e para ir até lá tem que percorrer uma trilha.
No dia que fui lá, eu fiquei somente na praia que fica de frente pra ilha de St Martin, pq ali tem uma estrutura legal para os turistas, com restaurantes, cadeiras, guarda-sóis e ainda, dá pra alugar kayak, prancha de SUP ou equipamento pra snorkeling.
Como eu havia desistido de encarar o kayak até lá, eu aluguei uma prancha de SUP por uma hora. É legal que como a água é bem calminha, dá pra andar pra lá e pra cá sem o menor problema. Por ali também tem uma faixa que delimita onde as pessoas podem ficar e onde os barcos tipo o ferry que nos levou até a ilha, podem passar. É tudo muito bem organizado, vale o passeio!
E ainda, depois de praticar SUP e de tomar um solzinho, eu fui dar uma caminhada na ilha. Olhem só o que eu encontrei: iguanas e lagartos! Achei que tinha visto um, daqui a pouco comecei a ver vários. Já tinha visto esse tipo de bicho em Aruba, mas ali eles eram muitos e bem maiores.
Nesse mesmo dia, ainda tivemos tempo de ir a outra praia no lado francês da ilha, a Anse Marcel. Essa praia fica entre as praias de Cul de Sac e de Grand Case, bem de frente pra ilha de Anguilla.
Apesar de ter uma faixa de areia pequena, a praia é bem estruturada. Tem restaurantes e algumas barraquinhas que oferecem esportes áquaticos.
A gente almoçou lá e alugou cadeira e guarda sol e ficamos tomando drinks e vendo o movimento. Tem coisa melhor?!?!
Outras praias que também me pareceram legais no lado francês, foram: Baie Rouge (indicada pelas recepcionistas do hotel) e Orient Bay (praia-balada com diversos Beach Clubs e lá também dá pra fazer esportes aquáticos).
Ah, como St Martin é um território ultramarino francês, a ilha ainda pertence a França e faz parte da União Européia, portanto, a moeda oficial é o euro. Isso mesmo! O dolar tbm é muito bem aceito por lá, mas como já falei em outro post, as vezes a conversão não é muito vantajosa. Então, recomendo levar euros tbm!
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