10.08
2015

Segurança em Buenos Aires

Nessas ultimas duas viagens a Argentina, Ushuaia e El Calafate e Bariloche, eu sempre tava evitando ficar em Buenos Aires por um único motivo: segurança!

Eu sempre ando lendo e acompanhando viagens de conhecidos ou não a cidade e volta e meia me deparo com alguém contando alguma situação desagradável vivida lá.

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Quem acompanhou essa última viagem a Argentina no mês passado, já sabe que nós não tivemos opção e incluimos uma rápida parada em Buenos Aires devido a um cancelamento de voo por parte da Aerolíneas Argentinas. 

→ Aeroporto

Nosso voo era Porto Alegre – Bariloche com conexão em Buenos Aires, no Aeroporto Jorge Newbery, mais conhecido por Aeroparque. Esse aeroporto fica no Centro de Buenos Aires, perto da Recoleta e Retiro e a uma curta distância do Puerto Madero, local onde escolhemos nos hospedar.

Apesar de ser um aeroporto pequeno quando comparado com o Ezeiza, o Aeroparque é muuuito movimentado. Esse aeroporto é usado mais pra voos domésticos (vuelos de cabotaje) e voos internacionais (vuelos internacionales) para países próximos como Brasil, Uruguai e Chile, por exemplo. Muito se engana quem pensa que esse aeroporto é tranquilo, muito pelo contrario, é uma movimentação sem fim, meio de enlouquecer, ainda mais na alta temporada de inverno.

Teoricamente dentro do aeroporto nós não tivemos nenhum problema, apesar do movimento intenso, achei tudo bem tranquilo. Em nenhum momento tive a impressão de que algo pudesse acontecer, como ter uma mala roubada ou algo do tipo.

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Puerto Madero

→ Táxis do aeroporto ao Puerto Madero e vice-versa

Como estavamos em um grupo de 12 pessoas, precisamos pegar 4 táxis. Sim, cada táxi com 3 pessoas e suas respectivas malas de viagem. O porta malas dos táxis na Argentina, no geral, são muito pequenos, pois eles usam diesel ou gás natural.

Fizemos um verdadeiro comboio até o hotel e com isso, conseguimos um descontinho no valor, que saiu 20,00 dolares por carro. Pegamos os táxis na aerea externa do aeroporto. Nunca, jamais e em hipótese alguma pegue um táxi com um taxista que veio abordar na saida do desembarque, pois esses são os golpistas.

Como eu tinha pesquisado na internet que alguns taxistas tentam enganar os turistas, procuramos pagar em dolar (pra poder negociar valores, os argentinos estão desesperados por dolares) e sempre com notas pequenas (de preferencia com o valor exato pra não precisar receber troco).

No geral, os taxistas que pegamos eram bem tranquilos e corretos, não tivemos nenhum problema tanto na chegada como na volta para aeroporto pra seguir viagem a Bariloche.

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Táxi em Puerto Madero

→ Dinheiro: Peso Argentino

Acabou o tempo que a gente podia ir aos países vizinhos e se vangloriar de que a nossa moeda era mais forte que a deles. Ao menos na Argentina, todo mundo sabe que o Peso Argentino está muito desvalorizado e que o nosso real, também está seguindo pelo mesmo caminho.

Obviamente que no setor de turismo, o dólar costuma ser a moeda preferida para que os estrangeiros paguem alguma coisa. Alguns (poucos) lugares praticam as conversões oficiais impostas pelo Banco de la Nación, mas a maioria das lojas e restaurantes oferecem uma conversão um pouco mais vantajosa aos turistas.

Conversão oficial em julho de 2015, onde 1 dólar equivalia a 9 pesos argentinos.

Conversão blue em julho de 2015, onde 1 dólar era trocado por 13 a 15 pesos argentinos (a grande maioria das vezes conseguimos conversão de 1 dólar = 13 pesos).

O valor das notas do peso argentino são diferentes das que usamos aqui no Brasil, portanto, é sempre bom ficar bem ligado pra não confundir as notas.

Li muito na internet dos golpes aplicados por taxistas (principalmente) sobre turistas na hora de pagar uma corrida. A dica que deixo é sempre mostrar ao taxista com que nota vc vai pagar (mas não entregar) e esperar ele pegar o troco. Só assim, entregar a nota. Muitas pessoas relatam que as notas do troco são falsas, eu não tenho como avaliar isso, pois não saberia identificar. O jeito é tentar pagar com notas com valor bem próximo do que se está comprando, pois assim minimiza o prejuízo.

Não sei se foi sorte ou o que, mas nessa ultima viagem (e até mesmo na viagem a Ushuaia e El Calafate no ano passado), nós nao tivemos qualquer problema com notas falsas.

Mas né, todo o cuidado é pouco e é sempre bom não facilitar o golpe.

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Congresso de la Nación Argentina

→ Segurança nas ruas de Buenos Aires (na região de Puerto Madero e Centro da cidade)

Com apenas um unico dia na cidade (uma tarde e uma manha livres), não tivemos tempo de fazer muita coisa. Levando o tempo de estadia em Buenos Aires, a quantidade de pessoas no grupo (12 pessoas) e o fato de metade delas não conhecerem Buenos Aires, optamos por percorrer as atrações mais central (e famosas) da cidade.

Depois de deixar as malas no hotel, seguimos caminhando pelo Puerto Madero (região que a gente se hospedou) até o restaurante Cabaña Las Lilas e depois do almoço fomos até a Galerias Pacífico e de lá seguimos para Av 9 de Julio e fomos até a Casa Rosada. Caminhamos por todas essas partes e em nenhum momento ficamos com medo ou tivemos a impressão de que pudessemos ser assaltados ou qualquer coisa do tipo.

É importante prestar bem atenção ao caminhar na rua, não ficar dando chance pra conversa com estranhos e tentar ser discreto pra não chamar muito atenção.

Essa região mais central de Buenos Aires está teoricamente bem tranquila pra caminhar, não há necessidade de exageros com a nossa segurança ou de equipamentos eletrônicos (celulares e máquina fotográfica).

Agora… Se me permitem, se eu for comparar Buenos Aires com a primeira vez que estive lá, com certeza absoluta a cidade piorou muito em diversos aspectos. Porém, se eu levar em consideração a minha ultima visita a cidade, em 2007 eu diria que Buenos Aires me surpreendeu (positivamente) um pouco.

Em 2007 a cidade tava imunda, com muito lixo acumulado em todas as partes, muita gente estranha em todas as partes da cidade, os taxistas estavam mais mal educados do que nunca. Cheguei a jurar que nunca mais colocaria os pés em Buenos Aires na vida!

E vejam só o que acabou acontecendo.. Parece até que esse um dia foi um sinal ou uma segunda chance a essa cidade que é super legal!

Fato é que dessa vez não achei a cidade tão suja, achei as pessoas mais normais (não vi muito aquelas pessoas mal encaradas), os taxistas estavam mais atenciosos e educados (ao menos os taxistas que nos pegamos!).

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Puente de la Mujer, em Puerto Madero

→ No geral

Exceto pelos altíssimos preços praticados em Buenos Aires, certamente quero voltar pra explorar melhor a cidade, revisitar alguns lugares e conhecer coisas novas. Buenos Aires nunca perde o charme!

Maaas e a segurança? Fiquei tão apavorada antes da viagem, que agora que voltei, achei muito mais tranquilo do que eu imaginava!

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Bruna Bartolamei
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4 comentários em "Segurança em Buenos Aires"
  1. Marina Monteiro   22/06/16 • 16h30

    Oi!!

    Estive em BsAs em Junho/2014 por 4 dias e não tive problema algum.

    Fizemos amizade com um taxista e acabamos fechando um passeio noturno com ele e também eram quem trocava moeda para nós.
    Tanto ele quanto um garçom de uma Pizzaria na Av Corrientes nos ensinou como identificar notas falsas.

    Não passamos por nenhuma enrascada e presenciamos apenas uma vez, na Florida, um roubo. Um chapeu foi roubado de um senhor e logo se formou uma roda em volta do indivíduo até a polícia (que já estava por ali) chegar. Simples e bem resolvido, quem dera acontecesse algo assim por aqui.

    Agora em Agosto voltaremos, dessa vez para ficar 6 dias, depois seguiremos para Colonia, Montevideu e Punta, completando 11 dias.

    • Contando as Horas   27/06/16 • 00h59

      Oi, Marina

      Legal!! Bom saber que as experiências de viagem em Buenos Aires estão melhorando. Muito bom, né?
      Obrigada pelo relato. Boa viagem!! Ps.: Uruguai é um dos destinos que mais quero conhecer!! Aproveitaaa!!

  2. Alexandre VM   30/08/16 • 20h39

    Estive em Buenos Aires em 8/2016 foi a minha primeira vez. Tive uma impressão positiva sobre a cidade, o clima estava frio e as arvores sem folha e sua arquitetura lembravam muito a Europa principalmente Paris. Por outro lado a cidade continua imunda e tem lixo por toda parte, a quantidade de mendigos e pessoas pedindo dinheiro é enorme. Mesmo com estes problemas gostei bastante e também não senti nenhum tipo de insegurança. Quanto ao problema dos taxistas (ao qual já ouvi falar muito mal) é fácil, usa Uber!

    • Contando as Horas   31/08/16 • 21h45

      Oi, Alexandre

      Boa ideia! Nunca lembro do Uber! Pra essa proxima viagem ate ja baixei o aplicativo no celular.

      A Argentina é meio parecida com o Brasil em varios quesitos, principalmente segurança. Mas é bem verdade que a coisa melhorou um pouco nesse sentido. Nessas últimas viagens tbm nao me senti insegura.

      Obrigada pelo seu comentário, sempre bom ter impressões mais recentes de cada destino!

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