Bruges é uma das cidades mais visitadas da Bélgica. Uma cidade que ainda mantem seus traços medievais que aliados com seus canais, dão um charme todo especial a essa cidade da região de Flandres, localizada ao norte de Bruxelas.
Muitas pessoas que vão a Bélgica incluem Bruges no roteiro, mas preferem fazer um bate-volta. Não há nada de errado nisso, mas eu indico dormir lá pelo menos 2 noites (eu fiz isso!). Vale muito a pena ficar na cidade depois que as excursões vão embora. A vibe da cidade muda completamente, dando a impressão de que a cidade literalmente parou no tempo.
Trem de Gent a Bruges – 30 minutos de duração
Existem diversas formas de ir até lá, como por exemplo: ônibus, trem e carro. Nós optamos por ir de trem. Nos estávamos em Gent e lá pegamos um trem direto até Bruges. O trajeto levou algo em torno de 30 minutos.
Estação de trem de Bruges
A Gare de Bruges fica mais ou menos perto do centrinho da cidade, mas é um pouco longe pra ir arrastando malas até o hotel. Portanto, é bom pegar um ônibus ou um táxi para fazer esse trajeto. Na ida nos fomos de ônibus (operado pela empresa De Lijn – ônibus numero 12), pq estávamos com tempo até dar a hora de fazer o check-in no hotel) e na volta, quando fomos pegar o trem para Bruxelas, pegamos um táxi (pagamos 12,00 euros).
Declarado Patrimônio Mundial pela Unesco em 2000, o Centro histórico de Bruges é onde estão as principais atrações da cidade. A cidade era cercada por 7 portões, 4 deles ainda podem ser visitados: Kruispoort, Gentpoort, Smedenpoort e Ezelpoort (vou falar deles novamente mais adiante).
Dentro dessa área delimitada pelos portões ficam as duas principais praças da cidade: a Grote Markt e a Burg Markt, ambas as praças ficam super pertinho e são ligadas pela rua Breidelstraat.
Melhor lugar pra fotografar o Campanário é da rua Breidelstraat
A Grote Markt é a principal praça (e cartão postal) de Bruges. A praça é enooorme, totalmente cercada por prédios super bonitinhos de estilo belga. No centro estão as estátuas dos 2 principais heróis nacionais: Jan Breydel e Pieter de Cominc.
Além disso, é onde fica o Campanário de Bruges (Belfort van Brugge), construído durante o século 13 e integrante da lista das 56 Torres e Campanários da Bélgica e da França que são Patrimônio da Humanidade da Unesco, tem 83 metros de altura. É possivel visitar. Mas prepare as pernas, são 366 degraus. Mas a vista compensa. Dá pra ver Bruges 360 graus lá do alto. Imperdível! Dica: Chegue cedo, pq sempre tem fila. A fila é unica, comprou o ingresso, já passa na catraca e tem acesso as escadarias. Ao longo da subida, tem algumas pequenas salas com exibições que falam mais sobre a cidade e o campanário.
Na rua que liga a Grote Markt a Burg Markt fica o Bruges Beer Museum, o Museu da Cerveja de Bruges. Como dá pra imaginar, o museu fala sobre a história da cerveja e de como ela se tornou a bebida nacional da Bélgica. O museu é bem interativo, mas vá com tempo pra ouvir os áudios e interagir com os painéis, pq sem isso, a visita seria muito chata. O museu tem dois andares, onde no primeiro andar fala mais da história geral da cerveja e curiosidades e no segundo andar fala dos ingredientes, modo de preparo e fala das principais cervejarias da Bélgica (principalmente sobre as cervejas produzidas em abadias, trapistas ou não). No final do tour tem degustação, onde é possivel escolher 3 tipos de cerveja entre 8 opções.
Nossa próxima parada foi na Burg Market, local onde estão: a Stadhuis (Prefeitura), considerada uma das mais antigas da Bélgica, com estilo gótico, super bonitinha!
E praticamente ao lado da prefeitura, fica a Basiliek van het Heilig Bloed (Basílica do Sangue Sagrado), facilmente identificada pq fica em um cantinho e tem umas estatuas douradas na entrada. Essa igreja é formada por uma capela e um museu. Nos visitamos somente a capela, local onde acredita-se estar guardado um frasco com um pouco do sangue de Jesus. Se quiser ver o frasco com o sangue, anote os horários: das 11:30 as 12:00 e das 14:00 as 16:00 (costuma ter fila, mas ela anda rapidinho). Apesar da capelinha ser pequena, ela é ricamente decorada. Vale a pena a visita!
Procure pela Huidenvettersplein, um dos melhores lugares pra tirar a foto mais clássica de Bruges! Essa aqui:
Depois de visitar todos os lugares com horários estipulados para visitação, vá até o Dijver Canal, local onde estão as empresas que oferecem passeios de barco pela cidade. Nós compramos nossos passeios em uma barraquinha que fica na ponte quase em frente ao Hotel De Tuilerieën. Os barcos são pequenos e totalmente abertos e dão outra perspectiva da cidade. O guia também vai explicando um pouco da história da cidade e vai falando as atrações por onde estamos passando. Achei super legal! O passeio é relativamente rápido, dura aproximadamente 1 hora. Dica: sente mais ao fundo do barco, de preferencia na lateral esquerda, dá pra fotografar muito bem as atrações.
Depois de fazer o passeio pelos Canais de Bruges, o barco volta exatamente no mesmo local de partida. Procure pelo Jardim Arentshof, que fica pertinho dos museus: Groeningemuseum e Musea Brugge (nós não visitamos, mas fica a dica!). Nesse parque está localizada uma das pontes mais bonitinhas de Bruges, a Bonifaciusbrug, a ponte que deu nome ao hotel onde nós ficamos hospedados (se quiser ver o post, clique aqui -> Hospedagem em Bruges: B&B Exclusive Guesthouse Bonifacius). A construção onde está o hotel e os barquinhos e cisnes que passam pelo canal dão todo um charme especial ao lugar! Fique um tempo ali esperando por eles, as fotos ficam muito legais!
Ponte Bonifacius
Essa casinha é o hotel onde me hospedei. Lindo, né?!?!
Atravessando a ponte, damos de cara com outra grande atração da cidade: Onze Lieve Vrouwekerk (Catedral de Notre-Dame de Bruges). Essa igreja tem uma torre gigante, de 122 metros de altura (torna a missão de tirar uma foto dela por completo impossível!). É lá onde fica uma estátua de Maria com o menino Jesus, obra de Michelangelo. Diz que essa é a unica igreja que recebeu uma obra de Michelangelo fora da Itália enquanto ainda ele era vivo.
Continue caminhando as margens do canal, logo mais adiante está as Beguinarias Flamengas (Begijnhof), um parque cercado por casas (e igrejas) ocupadas por Beguinas, as beatas da Igreja Católica. Elas criaram uma comunidade muito comumente encontrada em cidades da Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O local é acessado através de uma ponte. Vá com tempo, pq é super tranquilo e agradável caminhar por ali. Vá antes das 18:30, pq esse é o horário que os portões de acesso fecham.
E ali pertinho está o Minnewater Park, um lugar suuuper agradável pra sentar, descansar, apreciar a vista do Lago do Amor, o Minnewater.
Se o tempo tiver bom e ainda tiver pique, continue caminhando as margens do canal. Logo adiante vai aparecer um dos portões que dava acesso a Bruges Medieval, o Gentpoort. E um pouco mais adiante, aparece um outro portão, o Kruispoort. Se não quiser fazer todo esse trajeto que dura mais ou menos uns 30 a 40 minutos caminhando, dá pra alugar uma bike. É bem tranquilo e tem diversas pessoas fazendo o mesmo por ali também.
Mais a frente, ainda as margens do canal, ficam quatro moinhos que ainda moem farinha, mas nós só tivemos pique pra conhecer dois deles: Bonne Chieremolen e o St Janshuismolen. Os outros dois ficam mais adiante e se chamam Koeleweimolen e De Nieuwe Papegaai.
Como a gente já tinha caminhado muito pelas margens do canal, resolvemos voltar ao centrinho histórico de Bruges caminhando por ruas residenciais (com casinhas de estilo belga super lindinhas!!!) até chegar na Jan van Eyckplein, uma pracinha bem legal pra parar um pouco pra descansar apreciando a paisagem.
Ali pertinho fica o canal Verversdijk, um canal onde as casas tinhas suas janelas tapadas com tijolos para pagar menos impostos durante o século 19. Diz que as taxas eram cobradas dos moradores de acordo com o numero de janelas que cada casa tinha.
E também nessa região, apesar de não termos visitado, ficam outros dois museus famosos em Bruges: o Frietmuseum e o Choco-Story, que contam respectivamente, sobre a história da batata frita e do chocolate, dois produtos muito populares em toda a Bélgica.
Bruges parece cenário de filme. Vale ou não vale a pena ficar lá pelo menos 2 noites? Eu acho que vale! :D
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Sobre o aluguel de bicicleta que você mencionou, é mais pra área de Bruges Medieval ou é de fácil acesso ao longo da cidade? Farei uma viagem para Bruxelas e visitarei Bruges, me interessa saber esse detalhe pela versatilidade de andar de bicicleta.
Adorei o post!
Oi, Verônica
Pelo que vi, mas no centrinho histórico. Deve ser facil alugar bike por lá, vi varias pessoas. Nosso hotel alugava bike para os hóspedes, por exemplo. Talvez perto da estação também tenha algo ou no Centro de Info Turistica eles podem te dar o nome dos lugares onde vc pode alugar, caso nao se hospede lá.