31.01
2018

Uruguai: Carmelo e suas vinícolas

A mais ou menos uns 80 km de Colônia del Sacramento fica a cidade de Carmelo. Essa cidade pacata, com apenas 19 mil habitantes, fica as margens do Arroyo Juan González Grande, um pequeno riozinho que desemboca no rio da Prata.

A grande atração da cidade é Ponte Giratória que cruza esse pequeno riozinho, permitindo a passagens de pequenos barcos através de um giro manual, considerada a primeira ponte movida usando a força humana. 

Junto a ponte fica a Rambla de los Constituintes, um calçadão a beira do riozinho que vai até o porto. Achei uma area bem agradável pra passear!

E ainda, a Plaza Artigas é considerada a principal praça da cidade. É lá onde fica uma estátua do fundador da cidade, José Gervasio Artigas.

E a poucas quadras de distancia dessa praça fica a principal igreja da cidade, a Igreja de Nossa Senhora de Carmelo.

Pra quem gosta de praia, a Praia de Seré e a Praia de Zagarzazu são as praias de rio (praias de frente pra o rio da Prata) mais procuradas da cidade, especialmente no verão (obviamente).

Mas claro que eu não fui até Carmelo apenas para conhecer a cidade, aproveitei também para conhecer um pouco mais uma das regiões vinícolas mais famosas do Uruguai. A cidade é rodeada por oito vinícolas (mais conhecidas por “Bodegas” no Uruguai) de pequeno porte, que são: Bodega Campotinto, Bodega Cordano, Bodega El Legado, Bodega Narbona, Bodega Irurtia, Bodega Zubizarreta, Bodega Bernardi e Bodega Los Cerros de San Juan. A maioria delas oferecem visitas guiadas e/ou degustação. Algumas, inclusive, oferecem almoço, mas precisa reservar com antecedência.

A uva mais tradicional do Uruguai é a Tannat, seguida pela Viognier. Portanto, se quiser provar um verdadeiro vinho tannat uruguaio, aqui é uma das melhores opções.

Eu fiquei dois dias em Carmelo e optei por ter duas experiencias diferentes. No primeiro dia me hospedei dentro de uma das vinícolas mais famosas dessa região, a Narbona. Se quiser ver o post sobre como é o hotel, clique aqui: Hospedagem em Carmelo: Narbona Wine Lodge. E no dia seguinte me mudei para outro hotel, com melhor localização para explorar algumas das demais vinicolas de Carmelo, o Puerto Dijama Hotel Boutique. Se quiser ver o post sobre esse hotel, clique aqui: Hospedagem em Carmelo: Puerto Dijama Hotel Boutique.

Entre todas as opções de vinícolas, eu havia me programado para conhecer apenas 4 delas, a Bodega Narbona, a Bodega Campotinto, a Bodega Cordano/Almacén de la Capilla e a Bodega El Legado. A Bodega Narbona é a que fica mais distante, já as outras três ficam praticamente uma do lado da outra. Mas em resumo, no fim das contas, só visitei mesmo duas, que são as que vou falar um pouco mais logo abaixo. As outras estavam fechadas!

→ Bodega Narbona

É uma das vinícolas mais antigas dessa região, foi fundada em 1909. Além de produzir vinhos, aqui também são produzidos queijos, doce de leite, iogurte, leite, massas, azeite de oliva, geléias, entre outros. Mas se você tiver apenas interesse em saber mais sobre a vinícola e seus vinhos, recomendo agendar uma visita. O tour é relativamente rápido, acho que levou uns 30 a 40 minutos. Passamos pelos locais onde o vinho é produzido e armazenado. Também da pra caminhar pelo vinhedo. E por fim, a degustação, que pode acontecer na Antiga Cave ou na Nueva Cave. Na minha degustação foram servidos 3 tipos de vinho, um branco, um rosé e um tinto (tannat) e pra acompanhar, queijos, pães e azeite de oliva, tudo produzido ali mesmo na Narbona.

A Bodega Narbona fica na Ruta 21, Km 267. A reserva pode ser feita pelo email reservas@narbona.com.uy. Valor de 50,00 dólares.

→ Bodega Campotinto

Entre todas as opções, uma das que eu mais queria conhecer era essa vinícola. Além da vinícola propriamente dita, também tem uma pousada e um restaurante. Queria ter me hospedado aqui, mas como são apenas 4 quartos, todos estavam reservados. Eles tem uma produção pequena, cerca de 15 mil garrafas/ano. A visita é rapidinha, algo em torno de uns 30 minutos. O funcionário mostra por onde as uvas chegam, como é feita a separação, fermentação e o armazenamento. No final, teve a degustação de 4 tipos de vinhos (um branco, um rosé e dois tintos, sendo um deles, o tannat). Pra acompanhar são servidos amendoins, nozes e amendoas. Quem quiser, no final de tudo isso, ainda pode dar uma voltinha pelo vinhedos. A visita é gratuita, mas a degustação é paga (e ainda, ganha uma garrafinha de um vinho Tannat).

 

A Bodega Campotinto fica no Camino de los Peregrinos, pertinho da Capilla de San Roque. A reserva pode ser feita por email info@campotinto.com. Valor de 15,00 dólares.

→ Outras informações

– Para ir até Carmelo existem várias opções, como: alugando um carro (não recomendo, exceto se tiver motorista da rodada), de ônibus (a partir de Montevidéu, são 3 horas de viagem, com a Intertur. E a partir de Colonia del Sacramento, 1 hora e 30 minutos de viagem, com muuuuitas paradas pelo caminho, com a Berruti. Existem outras empresas, mas eu escolhi usar essas duas) e de barco (a partir de Tigre, na Argentina, com a empresa Cacciola). Mais detalhes, nesse post aqui: Conhecendo o Uruguai de ônibus.

– Eu estive no Uruguai em agosto, por esse motivo os vinhedos estão assim depenados. Quem quiser pegar as parreiras com uvas, deve ir na época da vindima, entre fevereiro e março.

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Bruna Bartolamei
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4 comentários em "Uruguai: Carmelo e suas vinícolas"
  1. Eduardo   12/09/18 • 19h34

    Oi Bruna, parabéns pelos relatos, são bem explicativos e muito bem escritos.
    Tenho uma dúvida, nos deslocamentos por Carmelo (até o 2 hotel q vc ficou, pela cidade e na visita a bodega campotinto, vc usou q transporte? E quanto custou?
    Obrigado

    • Contando as Horas   26/05/21 • 10h39

      Oi, Eduardo

      Esse seu comentário se perdeu por algum motivo. Vou responder, caso futuramente alguém tenha essa mesma dúvida.

      Eu fiz esses deslocamentos de taxi. Não lembro mais os valores, mas como as distâncias são pequenas, foi tranquilo.

      Obrigada pela mensagem e visita aqui no blog!

  2. Alessandra   03/11/20 • 19h13

    oi Bruna adorei sua postagem sobre o uruguai… comprei passagem para maio/2021…e sou apaixonada por vinicolas… então me fala como vc fez para visitar as vinicolas… transporte entre uma e outra, em Carmelo??Eu tbm vou de onibus de colonia para carmelo..
    obrigada
    att
    Alessandra

    • Contando as Horas   26/05/21 • 10h42

      Oi, Alessandra

      Eu não sei como anda atualmente a situação para brasileiros viajarem a turismo ao Uruguai por conta da pandemia, mas eu fiz os deslocamentos entre cidades todos de onibus e em Carmelo, como é uma cidade minuscula, fiz de taxi (algumas coisas ate da pra fazer a pé, dependendo de onde vc se hospedar, mas precisa caminhar um pouco) e foi bem tranquilo. Vc pega o número de um taxista e combina com ele o trecho da volta. Deu tudo certo fazendo assim dessa forma que fiz.

      Obrigada pela visita aqui no blog!

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